sexta-feira, 30 de junho de 2017

Não Seja Saudade


Tenho notado a intensidade de saudade que muitas pessoas guardam dentro de si.

Você já reparou?!
Ou será que nunca notou que você pode ser uma delas?!

As pessoas expressam a saudade em frases.
Se lamentam em palavras.
Se questionam em conversas.

As pessoas olham fotos e remoem o passado.
Se lamentam pelo tempo que foi.
Ignoram o mundo a sua volta.
Se apegam firmemente naquilo que dói.

Parecem não entender que a vida é feita de etapas.
Que o que foi, pode não voltar.
Mas, pela frente, a vida tem muito a nos proporcionar.

Parecem não enxergar que o amanhã não será como ontem.
Porque cada etapa, é vivida à sua maneira.
E escrita com a certeza que será lembrada para sempre.
Mas não durará eternamente.

Se prendem a momentos que gostariam de voltar.
E parecem não notar o tempo passar.

A vida não para.
A vida não espera.
A vida, simplesmente, passa.

Enquanto você olha pela janela, a vida acontece lá fora.

E enquanto nos prendemos ao ontem.
Deixamos de viver o hoje.
E amanhã, podemos nos lamentar por isso.

Como hoje nos lamentamos pelo ontem.
Que já foi.
Nos acrescentou.
Nos proporcionou amor, alegria, maturidade.
O que for.

Mas passou!

Vai ficar vivendo de saudade até quando?!
Até quando o fim chegar e não restar mais tempo para se lamentar, nem do ontem, nem do amanhã?

Vai ficar vivendo de saudade por que?
Se a vida insiste em acontecer e você persiste em não perceber.

Vai ficar vivendo de saudade?
Se apegando ao que já foi.
Ao que não tem como mudar, tão pouco, voltar.
E deixando o tempo e a oportunidade da vida passar?

Saudade, é bom.
É sinal de que o passado valeu a pena.
Mas, em excesso, tira de nós a oportunidade do hoje.
E amanhã você verá:

Não compensa!

Não seja Saudade.
Seja Gratidão.

Agradeça pelo ontem.
E espere o amanhã com ansiedade e alegria no coração!


Renata Galbine!

quarta-feira, 28 de junho de 2017

Se Quer Falar: Fale!


Por que guardar tanta coisa dentro de nós?

Não somos guarda-roupas.
Bagageiros.
Caixotes.
Nem gavetas.

Somos passageiros.
Daqui nada se leva.
Por que levaríamos palavras?!

Se quer falar: Fale.
Não guarde!

Do jeito certo.
Da maneira e momento correto, é claro.

Se desentendeu: Resolva!
Se alguém "te esqueceu": Procure!
Se houve um mal entendido: Explique!
Se distanciou de um amigo: Aproxime-se!

Se vale a pena: Faça!
Se houver alguma chance: Tente!

Não se arrependa por fazer.
Não se arrependa por tentar.

Se arrependa por deixar o tempo passar.
Se arrependa por chegar lá na frente e perceber que não tem mais como voltar.
Se arrependa por perder, sabendo que poderia tentar.
Sabendo que poderia ganhar.
Ter.
Reconquistar.

E não tentou.
Por medo.
Receio.
Orgulho.

E não tentou.
Por imaturidade.
Futilidade.
Nada que valha a pena de verdade.

Não acumule palavras não ditas.
Pensamentos não expressados.
Sentimentos acumulados.
Que poderiam ser expressados.
Mas, por medo, ficará pra sempre guardados!

A vida passa.

Se quer falar:

Fale!


Renata Galbine!

segunda-feira, 26 de junho de 2017

1 Ano Sem Você


Há exatos dois anos atrás eu te ganhava.
Há um ano atrás eu te perdia.

Vai entender a vida!

Tão complexa, irônica e cheia de surpresas.
Pena que, muitas delas, são tão difíceis de lidar.

Me lembro em detalhes do dia 25 de Junho de 2016.
Eu deitei, chorei, chorei...
E dormi.
Mesmo com o coração apertado, angustiado, eu adormeci.

Um sono acordado, preocupado.
Acordei no dia seguinte às 06h30, com o telefone tocando.

Fiz de conta não escutar.
Fiz de conta não saber o que iam dizer do outro lado da linha.

Tentei dormir novamente.
Pedi insistentemente que fosse um pesadelo.
E que eu acordasse pra realidade sem medo.

Mas às 08h30, resolvi levantar.
E encarar.
Minha mãe, só com um olhar, me dava a notícia.

Claro que entendi o que ela quis dizer.
Desmoronei no chão.
E as lágrimas não conseguia conter.

Você tinha partido.
E junto o meu coração se partia.
Eu não conseguia acreditar.
Tão pouco, aceitar.

Por que?!

Foi do nada.
Sem motivo aparente.
Até hoje desconhecemos, nada nos foi evidente.

Por que você?!
Por que comigo?!
Por que o meu?!

Eu que tanto te esperei, sonhei, planejei.
Finalmente, te adotei.
E, exatamente, um ano depois de te ter, eu te perdia pra vida.
Ou pra morte?!

Só sei que era pra sempre.
Eu nunca mais iria te ver.
Te tocar.
Cuidar.
Brincar.
Te morder, te abraçar.
Ter você pra me acordar.

Que dor!
Quantas lágrimas caíram naquela semana.

Quanto sofrimento.
Pensei que não fosse aguentar.
Sentia um pedaço de mim sendo arrancado.

Que surpresa cruel a vida me impunha com a sua partida.

E hoje, passaram-se um ano.
O tempo fez da dor mais amena.
Mas, nem por isso, a saudade se fez pequena.

Nesse um ano a vida me proporcionou mais duas vidas.
Dois amores.
Duas histórias.

Mas, infelizmente, e inacreditavelmente, uma delas a vida já me tirou.
Em menos de um ano eu o perdi.

Novamente.
Dolorosamente.

Com você, eu estava longe e não pude te proteger.
Com ele, foi no meu colo, sem que eu pudesse impedir.

E a dor?

A dor é a mesma.
Não muda.
Não se calcula, nem se descreve.

Perder, é sempre um caminho sem volta.
Sem resposta.
Sem explicação.

A morte, é sempre uma tarefa difícil.
Por mais aprendizado e maturidade, recebemos com grande insatisfação.

As lágrimas se fizeram ausente.
Mas a saudade, é sempre presente.
De lembranças frequentes de um dia tê-los tido aqui!


Renata Galbine!

A Complexidade De Uma Vida


Eu sei que viver não é uma tarefa fácil.
Já pude perceber isso nesses vinte e tantos anos de vida.

Eu também sei que enfrentar a vida e seus obstáculos, está longe de ser uma tarefa simples.
Já pude notar nessas tantas fases vividas.

E, falando em fases...
Sei que a vida é feita delas.

Ora mais fáceis.
Ora mais complexas.
Ora regada de sorrisos.
Ora sobrecarregada de dificuldade e dor.

Já superei tantas elas.
Sei que, de fato, estamos aqui para superá-las.
E encará-las.

Mas o que ainda não sei, é se é isso mesmo.
Se é assim que funciona.
Ou só alguns de nós que a vida seleciona.

Algumas pessoas, por mais que tentem e insistem.
Parecem que nascem destinadas a terem vidas estagnadas.
Me sinto uma delas.

Por muitas vezes me sinto perdida.
Sem saber qual pode ser a melhor decisão a ser tomada.

O que ainda não sei, é se estou fazendo tudo errado.
Em que momento o que está tão difícil vai se dar por encerrado.
E até em que momento as coisas vão insistir em não darem certo.

Parece não haver saída.
Não encontro o melhor caminho.
Parece não existir solução.

E eu corro.
Tento.
Insisto.
Persisto.
Mas é em vão.

Não dá certo.
É sempre o caminho errado.
Nunca é a melhor opção.

E eu converso com Deus.
Peço para que Ele possa me orientar.
E Ele diz pra eu seguir.
Não desistir.

E eu corro.
Busco algo novo.
Me viro do avesso.
Continuo tentando.
E nada!

Vejo o tempo passando.
Com a sensação de que está me atropelando.
E eu não consigo o alcançar.

Nem encontrar,
O melhor caminho.
A melhor saída.
A mais acertada decisão.

Me sinto perdida.
Incompreendida.
Desiludida.

Às vezes, bate a falta de ânimo.
Eu caio e fico sem saber pra onde ir.

Respiro.
Reflito.
Levanto e sigo.
Buscando um novo caminho.

Vida.
Me ajude a encontrar a melhor saída.
Clareia essa escuridão.
Desse caminho que eu sei que é imensidão!


Renata Galbine!

sábado, 24 de junho de 2017

Você Não Imagina


Por mais que eu não possa.
Por mais que eu não deva.
Você não imagina o quanto me acrescenta.

Indiretamente.
Espontaneamente.
Frequentemente.

Por mais que seja um erro.
Por mais que eu saiba que não devo.
Tem muita coisa por trás de tudo isso.

E eu não digo só de prazer.
Da troca.
Conversas.
E momentos que passo com você.

Eu digo de algo muito além disso.
Algo até que não tem muito como explicar.
Só viver.

Você não imagina o quanto aprendi.
Você não faz ideia do quanto me acrescentou até aqui.

É tudo tão diferente.
Eu aprendi a não ser exigente.
Porque, de fato, não posso ser.
Já que não posso, inteiramente, te ter. Não é?!

Tudo acontece espontaneamente.
Porque, eu sei, não podemos nos programar.
Só deixar acontecer.

Tudo flui liberalmente.
Porque, é claro, por mais que você não possa estar presente.
Tudo o que vivemos, eventualmente, é o que faz da nossa história diferente.

Por mais errado que seja.
Por mais que eu não deva.

Quanto eu cresci até aqui.
Depois que me envolvi.

Aprendi, sem perceber, a lidar com limites.
A respeitar espaços.
A compreender o tempo.

Me envolvi sem querer.
Sei que não posso te ter como abrigo.
Mas sei que, apesar dos pesares e, acima de tudo.
Tenho um amigo.

Sei que, generosamente e expressivamente, se preocupa comigo.
Sei que, paralelamente, faz o que pode.
Sei que, discretamente, vive o que consegue.
Sei que, independentemente, expressa o que sente.

Basicamente, somos dois inconsequentes.
Particularmente, fazendo sem poder.
Inevitavelmente, não deixando de querer.
Resumidamente:

Só nós dois somos capazes de entender!


Renata Galbine!

sexta-feira, 23 de junho de 2017

Quando A Gente Cresce


E aí a gente cresce...

Sai da barra da saia da mãe.
Aos pouquinhos vai soltando as mãos dos pais.

Deixa de engatinhar.
Vai andando.
Caminhando.

E voa!

Aprende a andar sozinho.
Ganha o mundo.
Mesmo, às vezes, inseguro.

Descobre a vida lá fora.

Fora de casa.
Fora do quarto.
Fora do abraço.
Fora do colo.

Fora da proteção diária.
E descobre uma vida tão mercenária.

Competição.
Desilusão.
Mentira.
Falta de compaixão.

Realidade desumana.
Longe de ser "humana".

As pessoas passam por cima das outras.
Pois só pensam em si.

As pessoas dão mais valor ao que escutam.
Do que veem com os próprios olhos.

Mundo material.
Realidade desigual. 

Sociedade materialista.
Humanidade individualista. 

Eu, por mim.
Dane-se o outro.
E, se eu puder, prejudico com gosto.

As pessoas não medem esforços pra prejudicar.
Se vingar.
Mentir.
Manipular.
Enganar.

É tanta força para o mau.
E tanta ausência do bem.

É como se fossemos todos selvagens em meio a uma manada.
Prestes a ser pisoteados.
Atacados.

Já não sabemos mais se corremos para atacar ou se proteger.

E aí você, como um ponto na multidão, tem vontade de gritar.
Pedir socorro.
Correr pra casa.
Mas é em vão.

Porque a realidade lá fora não espera.
Nem venera.
Ela é áspera e austera. 

Quem me dera.
Se o mundo lá fora fosse o que eu, um dia, imaginava que pudesse ser.

Quem me dera.
Se as pessoas não fizessem tanta questão do "ter".

Quem me dera.
Se a verdade fosse questão de honra.
E a dignidade e caráter não fossem toda essa desonra.

A gente cresce...


Renata Galbine!

quarta-feira, 21 de junho de 2017

Acabou.


Acabou.
Mostravam às circunstâncias.

Acabou.
Demonstravam as brigas.

Acabou.
Claramente era o desgaste.

Acabou.
Notória era a má vontade.

Acabou.
Era a ausência de reciprocidade.

Acabou.
Diziam as duras palavras ditas.

Acabou.
Era claro os dias mais desgastantes do que gratificantes.

Mas se enganar, é mais fácil.
Relevar, é mais cômodo.
Disfarçar, é mais prático.
Passar por cima, é mais rápido.

Fechar os olhos para a realidade.
Não querer enxergar o que está se passando de verdade.

Fazer de conta que está tudo bem.
E se não está.
Que vai ficar.
A gente sempre quer acreditar.
A gente sempre prefere apostar.

É mais fácil do que desistir.
Ser mais forte.
Virar as costas e sumir.

Acabou.
Todo mundo enxergou.
Todo mundo falou.
Todo mundo alertou.

Mas tem gente que é assim.
Prefere se enganar.
Do que aceitar o fim!


Renata Galbine!

segunda-feira, 19 de junho de 2017

A Gente Tenta


A gente tenta sair de uma história.

Tenta se desligar.
Tenta esquecer.
Tenta se afastar.

A gente tenta!

Pois sabe que é o melhor a fazer.
Pois sabe que não há nada de novo que possa acontecer.
Pois sabe que, com o tempo, você vai ter que esquecer.

A gente tenta sair de uma história.
Mas não consegue.
Sempre há algo que impede.
E, normalmente, é, simplesmente, a vontade de não querer desistir.
De não querer deixar pra trás o que tá dentro de si.

A gente tenta sair de uma história.
Mas não consegue ser mais forte.
Mais forte do que a necessidade de querer insistir.
Mais forte do que a ilusão de que deve seguir.

E a gente não consegue enxergar.
Que não deve.
Que não pode.
Que não vai dar certo.
Ou, às vezes, só sabe se enganar.

E vai levando.
E vai vivendo.
Se enganando.
Relevando.
Adiando.

E vai se alimentando de pequenos momentos.
Dos sorrisos.
Olhares.
A química.
A troca.
As madrugadas e fins de tarde.

E vai se apegando a palavras e sentimentos.
Sentimentos que não deviam ser alimentados.
Mas são, pouco a pouco, fortalecidos.
Aumentados pela vaga ilusão de uma errônea paixão.

Paixão que veio.
Tomou conta.
Se acomodou com afronta.
E a gente fica sem dar conta.

Sem conseguir mandar embora.
De colocar pra fora.
De virar a página.
De apagar a escrita.
De seguir em frente.
Sem olhar em volta.

Sem conseguir tirar de dentro.
E jogar lá fora.
O que não deve ficar no coração.
O que não pode permanecer diariamente.
Dia a dia.
Nos nossos dias.
E na nossa vida.

A gente tenta.
Vai vivendo.
Tentando.
Adiando.
Se enganando.
Mesmo sabendo que vai acabar se machucando!


Renata Galbine!

sábado, 17 de junho de 2017

O Casaco.


Na semana passada eu vivi uma situação na qual muito me emocionou.

Como todos os Sábados nesses últimos meses, eu tenho um compromisso e o meu pai me leva até lá.

Estamos no meio do Outono.
Vivendo na terra dos frequentes quarenta graus, dias bem mais frescos e noites geladas.

Antes de descer do carro, agradeci, confirmei o horário que eu sairia e desci.
Ele já estava manobrando, eu segui caminhando, quando ele buzinou.
Olhei para trás e ele gesticulou:

- "Pegou o casaco?!"

E eu balancei a cabeça, dizendo que sim.
Olhei a minha bolsa, mostrando que estava dentro dela.

Ele fez sinal de "joia" e sorriu alegremente.
Sorri de volta e segui.

Entrei rapidamente, pois estava em cima da hora.
Mas depois que cheguei, sentei, respirei.
Comecei a refletir sobre aquele pequeno momento de significado tão amplo e profundo.

A preocupação de um pai.
O amor em gestos.
As mais doces palavras.

Mesmo que o tempo passe.
Que seus filhos cresçam.
E que não esteja mais a total domínio seu, pois isso faz parte da vida: Criar para o mundo.

A preocupação permanece.
Nunca muda.
Nunca deixa de existir.

"Pegou o casaco?!" - ele me perguntou.
Como se pudesse me cobrir.
Cobrir do frio.
Cobrir do mau.
Cobrir das maldades, do sofrimento e qualquer dor.

Como se eu ainda fosse aquela garotinha que ele deixava no portão da escola, tirando sua mão grande e grossa do trabalho diário e entregando aquela pequena mãozinha branca e delicada para o tio da portaria.
Me deixando ali como se eu fosse um cristal!
Eu entrava e seguia.
Ele sorrindo singelamente.
Eu espontaneamente, com a mochila nas costas e o casaco entre os braços.

Você mal imagina o quanto me emocionou essa sua pergunta.

Depois que me dei conta da grandeza dela:
Agradeci!
Apenas agradeci.

Por ter um Pai.

Um Pai presente.
Um Pai que cuida.
Um Pai que zela.
Que se preocupa.
Um Pai que luta.
Um Pai que presa os meus cuidados.
E cada um dos meus passos.

Você e a minha mãe são os meus melhores casacos!


Renata Galbine!

sexta-feira, 16 de junho de 2017

Pessoas Insignificantes


Desconfie de pessoas que muito fala de si e pouco escuta de você.

Que não dispõem de tempo e atenção.
Que você acaba, muitas vezes, expondo um problema em vão.

Que, normalmente, expõem seus problemas, suas histórias.
Te fazendo pensar junto na melhor solução.
Mas quando a dificuldade é sua, a atenção é outra.

Existem uma série de frases clichês que se nós prestássemos mais atenção e registrássemos na mente e na prática, não nos frustraríamos.
Tão pouco, nos feríamos tanto com o outro.

"Não crie expectativas."
"Não ofereça esperando nada em troca."
"O que você faz, nem sempre receberá de volta."
E por aí vai.

Lemos a todo momento frases como essas.
Mas não aprendemos.

Na prática nunca sabemos lidar com o que não é recíproco a nossa expectativa.

Quando a gente se preocupa com um problema, abraça uma dor e, de coração, tenta ajudar,
Cria-se, sem notar, uma expectativa guardada lá dentro.
Isso é do ser humano. Não adianta negar!
Fica bem no fundo, escondida, onde ninguém pode ver e perceber.

A expectativa do:
"Quando eu precisar, terei o mesmo colo, os dois ouvidos e o coração pra me abraçar."

Mas, não.
Nem sempre!

De maneira geral:
Não teremos.
Não receberemos do outro aquilo que oferecemos um dia ou até mesmo:
Diariamente!
Simplesmente, porque o outro é o outro.

O calo dói aonde o sapato aperta.
Não tem esse ditado que diz isso?!

Não é todo mundo que desperta dentro de si um interesse de empatia e compaixão.
Humanidade, sabe?!

São poucos.
São raros.
São extintos a nossa volta.

Muito se fala.
Muito se cobra.
Aponta.
E pouco se oferece.

E mal imaginam uns o quanto ajudar o outro nos engrandece.

Talvez essa seja a minha maior dificuldade na convivência humana:
Não criar expectativas.
Não esperar do outro o que eu faria. Ou fiz um dia!

Grande dificuldade.
Um eterno aprendizado.
Um imensurável obstáculo a ser superado.

Lidar com o ser humano, não é como lidar com um animal.
Que, mesmo sem ter feito nada, você recebe toda gratidão em gestos de amor.

Lidar com o ser humano, é fazer tudo e, muitas vezes, não receber nada.

Há exceções.
Se aproxime delas.
E saiba identificar as outras!


Renata Galbine!


quinta-feira, 15 de junho de 2017

O Cara Errado


Eu sei que você é o cara errado.

Eu sei que eu não tinha que ter deixado.
E que nessa história eu não devia ter entrado.

Eu sei que eu não devo me envolver.
E, se isso acontecer, vou ter que te esquecer.

Eu sei que é algo passageiro.
Mas que sentimento não se controla.
Pois é algo traiçoeiro.

Eu sei que isso não é brincadeira.
E se alguém está brincando.
Sou eu com fogo.
E posso acabar me queimando.

Mas não estou me importando.
Nem me culpando.
Aconteceu como tinha que ser.

Você me quis.
E eu quis você.

E a gente continua se querendo.
Vivendo o hoje.
E eu não quero nem saber.

Já são meses.
E o que eu quero é apenas viver.
Descobrir cada particularidade de você.
E te ter.

Hoje, não é mais como no começo.
É melhor!

Conquistamos nossa intimidade.
Preservamos nossa proximidade.
Respeitamos nossa privacidade.
Compreendemos nossa personalidade.
Um com o outro, temos total liberdade.

Mesmo que eu não possa.
Mesmo que eu não deva.
Sei que é recíproco.
Não consigo não querer.
Tão pouco cair fora e tentar te esquecer.

Nem tento.
Não quero.
Não faço questão.
Ainda não!

Não te quero no meu coração.
Talvez, em minhas mãos.
Pra fazer como eu sei que você gosta.
Te ter.
E satisfazer.

Ser, quem sabe, o seu bem querer.

Desse jeito, assim.
Sem cobranças.
Só troca.
Sintonia.

Nossa química.
Sua e minha.

Eu sei que você é o cara errado.

Mas como não viver um sentimento tão aflorado?
Como não querer estar ao seu lado?

O seu sorriso sacana.
O seu beijo que me ganha.

O seu olhar que me acanha.
O seu corpo que me assanha.

Seus elogios.
Reconhecimento.
Preocupação.

Cada conversa descontraída.
Cada confissão.

São muitas conversas.
E tantos momentos.

Ninguém pode julgar.
Já que ninguém é capaz de saber.

Como tudo começou.
O que nos levou.
E nos trouxe até aqui.

Como tudo aconteceu.
Cada momento que você foi meu.

Cada mês que se passou.
E, ainda assim, essa história perdurou.

Até quando, como e onde.
Não sei.
Não penso.
Não espero.
Deixo acontecer.
O tempo passar.
E escrever dos nossos dias o que tiver que ser.

Mas de nós dois, eu sei:
Ninguém precisa entender.

Pra saber:
Só basta eu e você!


Renata Galbine!

quarta-feira, 14 de junho de 2017

Mulher Não É Santa


Venho reparando algumas relações e, com isso, chegando a algumas conclusões.

Muito se fala que homem é filho da puta.
Que homem usa a mulher.
Que homem engana.
Que homem mente.
Que homem brinca com sentimentos.
Que homem não sabe amar.
Que homem não sabe respeitar.
Que homem isso.
Que homem aquilo.

Um eterno "blá blá blá".

Colocando toda e qualquer culpa nas costas somente deles.
Ausentando a mulher de tudo.
Como se fossem todas santas.
Como se fossem todas vítimas.
Como se fossem todas perfeitas.
Sem defeitos,
Sem exageros.
E atos desnecessários.

Eu sou mulher,
Mas sou capaz de reconhecer e dizer:
- Não é bem por aí!

A verdade, é que venho acompanhando histórias de muitos amigos próximos que estão fazendo papel de otário.
Não é nem papel de bobo.
É papel de otário mesmo.
O que se entende como alguns níveis acima do que se resume um bobo.

Homens que se esforçam.
Que sabem como tratar uma mulher.
Que oferecem carinho em troca de cara feia.
Que oferecem uma rosa e recebem a indiferença.
Que oferecem o respeito em troca do despeito.
Que abrem sua fragilidade em troca da frieza.
Que querem levar a sério e são manipulados como um brinquedo.
Que elas brincam quando querem e jogam quando não estão afim.
Guiando-os da forma que elas querem e bem entendem.

Homens que expõem seus sentimentos como se fossem os únicos e obrigados a tal ato.
Que estão sempre tentando agradar, fazer sorrir, tentando brincar.
Que procuram, tentam conciliação, mas do outro lado é só confusão.
Cada dia um motivo e um por que.
E a paz nunca reina.

E elas pintam e bordam.
Fazem deles o que bem entendem.

Os pequenos gestos:
Elas não fazem questão de reparar!

As atitudes corretas:
Elas não fazem questão de frisar!

O companheirismo e a troca:
Elas não conseguem valorizar!

A procura, insistência e paciência:
Elas nãos fazem questão de contextualizar!

Qualquer motivo, ou motivo algum, é motivo pra se distanciar.
Emburrar.
Discutir, brigar.
Cobrar, sem oferecer nada de positivo em troca.

E se alguém está lendo e pensando:
- "Por que você está incomodada?
Por que não age da mesma maneira que elas agem com eles?"

Te digo que, pra mim, relacionamento é reciprocidade.
Se não há, não tem o por que existir.
E insistir.

Relacionamento é respeito.
Relacionamento é troca.
Relacionamento é verdade.
Relacionamento não é joguinho de braço e palavras.
Relacionamento não é infantilidade. 
É ter maturidade pra encarar e saber lidar.

Relacionamento, é homem fazendo papel de homem.
E não de moleque!

Relacionamento, é mulher sendo mulher.
E não menina querendo bancar a mulher.
E mulher achando que é gente.
Tentando ser exigente.
E não se dedicando o suficiente. 

Esse papo de que homem não presta.
É muito cômodo e batido.

Hoje, vivemos uma realidade onde estamos todos, praticamente, num mesmo nível.
Num mesmo barco.
Numa mesma situação.
Num mesmo nível de falta de maturidade e insatisfação.

Vamos repensar em toda essa vitimização! 


Renata Galbine!

terça-feira, 13 de junho de 2017

Faça Sua Parte


Eu aprendi que o importante, é fazermos a nossa parte.

Independente do que o outro diga de você:
Faça!

Independente do que o outro pense de você:
Não deixe de fazer!

Fazemos a coisa certa, não pelo outro, não para o outro.
Mas por nós mesmos.
Para nós mesmos.
Pela nossa evolução.
Pelo nosso aprendizado.
Pela nossa consciência.

Não fazemos pra provar nossa personalidade, nossas qualidades e o nosso caráter.
Quem tem que saber,
Quem tem que enxergar,
Vai notar sem que a gente tenha que se esforçar pra mostrar.

Não devemos provar nada a ninguém.
A não ser a nós mesmos!

Se em algum momento tivermos que nos esforçar pra provar quem somos.
Se tivermos que brigar pra provar onde mudamos, onde nos ajustamos e nos modificamos com o tempo.
Se tivermos que nos desgastar pra provar o que fazemos, o quanto lutamos diariamente contra o mundo e nossa mente.
É porque essa pessoa não merece seu esforço.
É porque faça o que você fizer.
Fale o que você falar.
Essa pessoa nunca vai acreditar.
Sempre vai te cobrar.
Sempre vai apontar e te julgar.
Pois nunca será capaz de enxergar.

Simplesmente, porque não quer.
Simplesmente, porque não faz questão.
Somente por estar fechada a sua própria opinião.

Portanto,
Faça por você.
Mude por você.
Seja bom.
Faça o bem.
Evolua.
Ofereça o seu melhor.
Conquista.
Não regrida.

Por você!

O importante:
É quem somos e o que fazemos.
E não o que o outro julga quem você seja, faça ou deixe de fazer.

Seja apenas.
Simplesmente.
Somente você!


Renata Galbine!

segunda-feira, 12 de junho de 2017

Feliz Dia Dos Namorados


Dia dos Namorados, é um bom dia para eu falar á respeito de algo que venho notando e pensando a respeito:

É sobre essa busca incessante e incansável à procura de alguém.
As pessoas procuram em todos os lugares, de todas as maneiras.
Sinalizam suas necessidades de estarem com alguém a todo momento.
Investem a maior parte dos seus pensamentos nisso.
Seus assuntos, muitas vezes, são, resumidamente, a isso.

Investem tempo, dinheiro, toda sua energia em algo que não existe, mas querem.
Em algo que não possuem, mas buscam conquistar.
Em algo que não é concreto na realidade, mas já se fez certo em sua mentalidade.
São fantasias, expectativas.

Nem todo mundo é auto-suficiente em ir ao cinema sozinho.
Não consegue se imaginar indo assistir a um filme sem estar acompanhado.
Não são capazes de irem tomar um sorvete, comer um lanche ou qualquer coisa do tipo com sua própria companhia.
É como se fosse uma regra e obrigação, estar carregando alguém ao seu lado.
Se o tempo esfria então... Nossa.
É motivo de depressão não ter alguém pra dormir ao lado.

Buscam no trabalho.
Buscam no colégio.
Buscam no curso.
Buscam quando saem com amigos, através dos amigos dos amigos.
Buscam em indiretas e diretas.
Buscam até em aplicativos através do celular.

A modernidade nos oferece isso.
Aplicativos que as pessoas podem acrescentar meia dúzia de palavras e fotos.
Que podemos escrever e ser o que quisermos, mas, nem sempre, de fato, o que somos.
A modernidade nos deu essa opção.
A escolha pela imagem, através de fotos, perdendo a oportunidade de um primeiro olhar e a sensação de uma primeira conversa pessoalmente, onde podemos notar gestos, a sinceridade de uma resposta e tantas outras coisas.
De fato: A emoção a flor da pele, que é bem diferente do que sentimos, ou não sentimos, através de um celular.

Tudo se tornou clichê.
Com o tempo tudo se tornou superficial.

As pessoas buscam incansavelmente por alguém.
Parecem não ser auto-suficiente pra si mesmas.

As pessoas parecem que querem namorar mais por status.
Já não se vê tanto aquela importância de ter alguém ao seu lado por ser aquela "A" pessoa.
Hoje, estão aceitando e se sujeitando a qualquer coisa, a qualquer oportunidade.
Já não prioriza-se mais a quem você, verdadeiramente, gostou, desejou, quis e tanto esperou.
A que se encaixou com seu jeito, qualidades e defeitos.
Sendo assim, tudo tão prático, vemos relacionamentos eternos, durando semanas, poucos meses.

Hoje o "Eu Te Amo" se tornou "Bom Dia" na boca da maioria.
É um "Eu Te Amo" hoje.
"Te quero pra sempre".
"Meu eterno amor".
E na semana seguinte, se tornam inimigos.
Ou pior:
Dois desconhecidos.

Isso me assusta.
Me deprime.
Me desanima.
Me causa agonia.
Porque penso:
Se hoje não é mais como era.
Se agora está assim.
O que será de nós no futuro?

Não existirá mais amor?
Não existirá mais fidelidade?
Não existirá mais verdade?
Apenas desculpas pra ter alguém hoje e semana que vem depois a gente vê o que faz e a pessoa da semana passada é um "Adeus, até nunca mais!"?

Feliz Dia dos Namorados pra quem, realmente e verdadeiramente, se ama e se respeita.
Feliz Dia dos Namorados pra quem não tem apenas um relacionamento amoroso.
Mas também de amizade, troca, sinceridade e cumplicidade.

Feliz Dia dos Namorados, sem namorado, pra quem não precisa desesperadamente e incansavelmente "atirar para todos os lados", depositar todas as suas "fichas", energias e expectativas a procura de alguém.
Que não ridiculariza um sentimento puro e sincero como o amor.
Que não resume um relacionamento sério em apenas um status de Facebook.
Que é capaz de estar sozinho e se sentir bem quanto a isso.
Pois tem a consciência que o que é seu, vem.
Vem quando tiver que vir.
Vem quando a vida mandar, sem que tenhamos que forçar e nos enganar.

Namorar não é uma lei e obrigação.
Ser feliz consigo mesmo: Sim!

Feliz Dia dos Namorados!


Renata Galbine!

sábado, 10 de junho de 2017

A Vida Tirou Você De Mim


E essa primeira semana sem você, está sendo completamente vaga pra mim.
Esquisita.
E vazia.

Apesar de a vida continuar.
A rotina não parar.
A responsabilidade não esperar.
Nada é capaz de disfarçar.
Ocupar.
Apagar.
E me fazer sentir que não está mais aqui.

Eu até posso sair.
Disfarçar.
Sorrir.
Mas a saudade está aqui.
Vai aonde eu vou.
Carrego onde estou,

A ficha demora a cair.
E a minha ainda não caiu.
Embora tenha sido em meus braços.
É impossível romper os nossos laços.

É como se ainda estivesse por perto.

Ainda te vejo dormindo,
Acordando.
Me pedindo comida.
E chorando.
Tão baixinho que era quase impossível escutar.
Mas a cada um dos seus gestos, não tinha como deixar de notar.

Tão doce,
Sereno,
Tranquilo.

Foi um anjo em meus dias.
Foi um presente em minha vida.
Mais um.
Que ganhei e perdi.
Assim...
De repente.
Do nada.
Pra sempre!

Amei antes de ter.
Te recebi em meus braços.
E me despedi da mesma maneira.

Um anjo nos gestos.
O amor no olhar.

A bondade na personalidade.
É impossível não chorar.
É difícil acreditar.
E mais uma vez aceitar.

Essa primeira semana sem você, ficou o vazio.

Ainda posso te ver por aqui.
Eu prefiro me enganar.
Mas só de lembrar do nosso beijinho de esquimó, meu coração começa a apertar.

Dói demais aceitar.
É avassalador acreditar.
É um verdadeiro castigo me deparar novamente com essa realidade.

Não posso mais te oferecer o meu calor.
Não posso mais ganhar do seu amor.

Tão puro.
Tão meu.

Foi tudo tão rápido.
Tão breve.
Não é justo.
É difícil entender o porque esse sonho tão lindo chegou ao fim.

Continue por perto.
Me ajude a superar.
Me faça entender.
O por que a vida me afastou de você!


Renata Galbine!

sexta-feira, 9 de junho de 2017

A Dor É Sua


O sorriso que sai, nem sempre é a expressão que está dentro de nós.
O que está dentro de nós, nem sempre, será reconhecido, compadecido pelo próximo.

Normalmente, não.

A sua dor e dificuldade, podem ter a maior intensidade: Pra você.
Mas para o outro, raramente, ela terá tal proporção.

Isso porque a dificuldade, é sua.
A dor, está dentro de você.
E quem está sentindo não é seu amigo, seu parente, seu vizinho.
É você.
Somente você!

Só você sabe o que passa e enfrenta.

O outro?
O outro não vai entender até que seja com ele.

E você:
Não espere que seja diferente.
Porque só vai somar o seu sofrimento, acrescentando aborrecimento.

Não estamos aqui pra provar tudo o que passamos e enfrentamos.
Mas, sim, para nos superar.
Por nós mesmos.
Enfrentar o que nos é imposto pela vida.
Amadurecer com as dificuldades.

Evoluir.
Encarar.
Diluir a dor.
E se superar a cada dia.

Assim como o que você passa, pode não ser nada para o outro.
O que o outro passa, pode passar desapercebido pra você.

Cada história um conteúdo.
Cada dificuldade um propósito.
Cada coração uma verdade.

O fato de você estar em pé, sorrindo, não quer dizer que não tenha problemas ou que esteja bem.
Mas, sim, que é forte o suficiente pra levantar a cabeça, encarar a vida e não desistir.
Mas nem todo mundo pensa assim!

As pessoas costumam ser muito taxativas.
O ser humano, é um ser extremo.
Para acreditar em um problema, em uma doença, em uma dificuldade, é preciso ter sangue, um cérebro aumentado, cadeira de rodas ou coisas do tipo.

O ser humano, é fatídico.
Tem que ver pra crer.
Senão é mentira.
Exagero.
Senão não acredita.
Senão não se compadece.

Mas, de qualquer forma, ouve e logo esquece.

Então.
Encare seus problemas.
Lide com suas dificuldades.
O que importa é a sua verdade.
Seja mais forte do que a dor.
Porque não há mal que dure para sempre!


Renata Galbine!

quinta-feira, 8 de junho de 2017

Ele É De Peixes


Ele é de Peixes...

Carismático.
Paciente.
Amável.
E envolvente.

De fato, não tem como não escrever sobre ele.
Falar sobre ele.
Querer e também o desejar.

Ele também me inspira.
Me excita.
Juntos, a gente pira.

No começo não era nada.
Eu dançava e você cantava.
A noite eu saía e me divertia.
Ia com amigos como companhia.

E no dia do meu aniversário.
Eu te notei.
Você cantava e, ao mesmo tempo, me ligava.

Louco.
Desvairado.

Queria chamar a minha atenção.

Você me queria.
Não acreditei.
Achei que fosse só invenção.

Não te levei a sério.
Achei engraçado.
"Papo furado".
Mas não desacreditei em todo aquele mistério.

Fiquei pouco tempo.
Achei melhor ir embora.
Seu olhar me acompanhou até o lado de fora.

Antes, perguntou onde eu morava, você disse que viria.
Não respondi e fui embora.
Quando terminou, você me ligou.
Paguei pra ver até onde o que você dizia, seria capaz de fazer.
E você veio.

Naquela noite fria de Setembro.
Céu escuro.
Estrelado.
Um vento gelado.

Você chegou.
Não demorou.
Logo rolou.

Parecia que a gente se queria a tempos.

Sua boca na minha.
Seu corpo no meu.
Jamais imaginaria que você me desejaria, que aquilo aconteceria.
Tão pouco, que o tempo passaria e você continuaria aqui.

Hoje, nossa história se fez concreta.
Embora incerta.
Minha presença se faz discreta.
Ninguém precisa saber.
Nem ver.
Nossa história sou só eu e você.

Sua boca se encaixa na minha.
Seu corpo deseja o meu.
Nossa química é de total sintonia.
Não tem como explicar.
Mas sabemos como acontece entre você e eu.

Você um louco.
Sem juízo.
Me tira do sério.
Fazemos sem medo.
E não há prejuízo.

Além do querer.
Não é só prazer!
Tem a nossa amizade.
Conquistamos com o tempo essa cumplicidade.

Nossa troca notória.
Mesmo que um tanto ilusória.

O desejo é real.
Quando estamos juntos é fatal.

Seja no carro.
No escuro da noite.
Ou na minha cama.
Eu sou sua.
E não tem drama.

Em sigilo.
Em silêncio.
Te enlouqueço.
E me entrego.

Você sempre vai.
Pois não pode ficar.
Mas sempre volta.
Sem que eu precise chamar.

E como adoro te ter.
Te sentir.
E satisfazer.
Aquilo que arde dentro de mim.
E também de você.

Nossa história já está registrada.
Um dia eu sei que será findada.
Mas passe o tempo que for.
Não há nada que fará ela ser apagada.

Meu Pisciano.
É uma delícia te ter, mesmo sem poder.
Não teria como, um dia, não escrever sobre você!


Renata Galbine!


quarta-feira, 7 de junho de 2017

Machista De MERDA



Se não é Machismo: É o que???

Agir com ironia.
Sempre soltar uma gracinha.
Nunca acrescentar, mas sempre estar para corrigir.
Até quando não há erros,
Pretextos,
Motivos.
E por quês.

Se não é Machismo: É o que???

Agir com maldade.
Irracionalidade.
Falar com grosseria.
Mas por aí, agir com hipocrisia.

Quanta falsidade.
Quanta falta de verdade.

Se não é Machismo: É o que???

Pra você, é burrice.
Isso porque seu orgulho não permite enxergar tanta tolice.

Aponta, mas não enxerga os erros.
Não tem a capacidade de encarar seus próprios defeitos.

Deve ser difícil olhar no espelho do seu próprio intimo e se deparar com alguém tão pequeno.
Venenoso.
Meticuloso.
Maldoso.
Ardiloso.
Mentiroso.
E vazio.

Que quer ser: Mas não é.
Que pensa ter: Mas não tem.
Que acha ser: Mas não é.

Se não é Machismo: É o que???

Fazer fofoca.
Falar pelas costas.
Manipular seu próprio jogo.
Destilar seu veneno em redes sociais.

Que hipocrisia.
Se diz Cristão e não tem o mínimo de compaixão.

Que tipo de Fé é a sua?
O que te mantem de pé?
Que tipo de amor você carrega?
Não é bem o que faz que você tanto prega.

Que lixo de ser humano pode ser aquele que não respeita as limitações do outro.
A história do outro.
A opinião do outro.
E o pior:
O problema de saúde do outro.

Quem defende.
Quem se omite.
Quem aplaude.
Possui a sua mesma falta de limite.
Tolice.
Sandice.

Que lixo de ser humano pode ser aquele que se sente tão inteligente, chamando o outro de burro.
Você merece um murro no meio da cara pra ver se vira homem.
Pra ver se passa a fazer papel de homem.
E não de um marica flagelado.
Que se acha correto.
Mas está todo errado.

Afirmar que o outro não nasceu pra determinada coisa.
Se achar no direito de desfazer de um sonho e um objetivo alheio.

Mas não vai.
Não pode.
Nem será capaz.
Pois nada, nem ninguém, tem o direito de tirar aquilo que desejamos e lutamos.
Ninguém tem o direito de nos fazer acreditar que, aquilo que nos faz bem, não é pra nós.
Não será um nobre vagabundo que será capaz de nos fazer acreditar.
Enquanto todos os outros estão sempre a nos elogiar.

Sim, estão.
Pode aceitar!

Que tipo de ser humano pode ser aquele que não assume sua própria opção sexual?
Será que é infeliz aquele que nasceu com o que está satisfeito em ser?
Ou será que é infeliz aquele que nasceu querendo aquilo que vai ter que nascer de novo pra ter?

Quem será que é infeliz?
Me diz!

Que tipo de ser humano pode ser aquele que age de forma desumana?
Preconceituosa.
Maldosa.
Apontando no outro seus defeitos físicos de forma irônica?

Não é a quantidade de pelos que se carrega no meio da cara que o faz mais homem.
Não é a voz grossa e intelectual.
Se, no fundo, age feito um débil mental.

Não é a quantidade de pessoas a sua volta que o fazem tão importante.
Se são amizades tão inconstantes.
Se dentro de si é algo tão variante.

Se não é Machismo.
Eu já sei!

É preconceito.
É falta de humanidade.
É ausência de caráter.
É bullying.

E bullying: É crime.
Pode até dar cadeia..
E aí, sim, você vai cair na sua própria teia.

Vai apontar lá dentro o que o outro não nasceu pra ser.
Vai apontar lá dentro o que o outro não sabe fazer.
Vai apontar lá dentro quem é burro e não é capaz de aprender.
Vai apontar lá dentro com a mesma força do seu ser.

E aí, machinho, eu quero ver:

Se não é machismo.
Se não é preconceito.
Eu quero saber!

Você "tomando" onde você gosta.
Bem no meio das costas.

Vou aparecer pra te visitar.
Aí eu quero ver quem joga pra ganhar.

Aquela mesma calva que não sabe fazer,
Mas que tanto te incomodou.
Vai aparecer pra te dizer:

Eu não joguei pra perder!


Renata Galbine!

terça-feira, 6 de junho de 2017

O Hoje É Presente


Sempre vamos ter a sensação​ de que podíamos ter feito mais.
Sempre vamos nos arrepender de algo.
Sempre vamos nos culpar por algo.

Por algo que fizemos ou deixamos de fazer.
Por algo que falamos ou deixamos de falar.
Por um tempo que passou.
Um dia, um momento.
Uma oportunidade.
E podíamos ter aproveitado mais.
Observado.
Sentido.
Feito muito mais.

Muitas coisas, deixamos pra trás.
Muitas palavras, guardamos dentro de nós.
Muitos momentos, deixamos pra depois.
Por medo,
Receio,
Vergonha,
Vaidade.

Mas as oportunidades, passam como o tempo.
E não voltam mais.

Depois, fica a culpa,
O ressentimento,
O remorso.
A vontade de voltar no tempo.

Mas não adianta.
Não adianta se culpar.
Se lamentar.

O famoso "E se..." nunca vai fazer nada mudar.
Nunca vai tirar nada do lugar.

"E se...", é vago.
É passado.
Não está em nossas mãos.

O tempo de mudar:
É Hoje.

A hora de falar:
É agora.
Depois não fará o mesmo sentido.
Ou, talvez, nenhum.

O momento de viver:
É o presente.

A vontade de abraçar.
A necessidade daquele beijo.
Aqueles minutinhos para um café.
Aquelas horas de desejo.
Aquele momento para escutar, aconselhar, tentar ajudar.
Aquele fim de tarde ao lado de alguém especial.
A cozinha cheia num almoço de Natal.
Aquela festa surpresa.
Aquela ligação inesperada.

Faça.
Curta.
Sinta.
Viva.

Amanhã pode ser tarde demais.

Podemos não ser mais os autores de determinadas histórias.
Podemos não ser mais os protagonistas daquele abraço em um lindo fim de tarde.

E seremos vitimas do tempo que passou.
Levando com ele a oportunidade que não fomos capazes de desfrutar.
A história que perdemos em escrever.
A oportunidade que deixamos de ter.
E viveremos uma vida se lamentando.
Tentando esquecer!

Faça agora.
Viva o agora.

O amanhã ainda não nos pertence.
O hoje, sim.
É o nosso maior presente!

Renata Galbine!




segunda-feira, 5 de junho de 2017

Família É Coisa Engraçada


Família é uma coisa engraçada... pra não dizer ao contrário!

Tem parente que nem parece parente.
Tem parente que nem parece que é do mesmo sangue que a gente.

Mesmo sangue, sabe?!
Identidade.
Sobrenome.
Laços!

Isso tudo se torna indiferente.
Porque eles mesmos se fazem dessa maneira.
Parente que se faz distante.
Distante mesmo.
Como se você não existisse pra ele e ele pra você.

- "Oi, tudo bem?! Como estão as coisas? E a família?"
- "Tá vivo?!"
- "Saudade!"

Família é uma palavra grande.
Com um significado maior ainda.
Mas que, por muitas vezes, se torna insignificante.

Existem parentes que, às vezes, me esqueço que são meus.
Permanecem no seu mundo, ignorando o meu.

Aquele tio que te despreza.
Aquela tia distante.
Aquele primo inconstante.
Aquela prima viajante.

Família essa que se faz completamente distante.

- "Oi, você se lembra de mim?! Estou aqui!" - é o que penso, mas não digo!
- "Oi, você tem algum problema comigo?" - é o que guardo e sinto!

E quando morre, aparece e resolve se lembrar.
Chora e diz:
- "Que pessoa boa perdemos hoje."
- "Vai fazer falta."

Mas "ontem", esquecemos de lembrar enquanto estávamos aqui podendo nos amar.

Depois não adianta chorar.
Chorar por algumas horas, minutos...
Depois não tem como dizer o que não foi dito.
E se não há nada pra dizer hoje, tão pouco existirão lágrimas pra escorrer amanhã.

Só observo a maneira fria e constante.
Indiferente e marcante.
De laços tão distantes.

Não seremos hipócritas no amanhã.
Se o hoje é frio, vago e vazio.


Renata Galbine!