quarta-feira, 30 de agosto de 2017

Em Metamorfose


E esse período de transição que me cerca.

Que me sufoca.
Me confunde.
Mas também me acelera.

Me colore.
Me incentiva.
Me refaz.

Me angustia.
Me amedronta.
Mas me influencia a seguir.

Seguir em frente, sem olhar pra trás.
Mesmo sendo consciente que algumas coisas vão ficando pelo caminho e posso não ter mais.

Olhar adiante.
Ser confiante.
Mesmo que eu não consiga enxergar nada concreto diante de mim.

São planos.
Expectativas.
Planejamentos.

E eu vou correndo contra o tempo.
Tentando colocar as coisas no lugar.

Que coisas?
Qual seria esse lugar?
Talvez seja minha própria vida, em um lugar incerto que eu estou correndo o risco em direcionar.

Eu vou lutando contra o relógio.
Tempo que não perdoa, levando momentos, pessoas e nos mostrando que não podemos ficar a toa.

Pelo tempo eu acelero, como se eu fosse capaz de alcança-lo.
Como se fosse possível recuperar todo e qualquer tempo perdido.

O medo me assola.
Mas, ainda assim, não toma conta de mim.
Continuar estagnada me sufoca, por isso, a necessidade de arriscar e não permanecer assim.

Minha vontade de seguir em frente, é evidente.

São tentativas.
Riscos que decidi correr.

O que é a vida sem arriscar?
O que são os dias sem se reinventar?
O que são as fases sem se descobrir?

O que é a vida sem tentar?


Renata Galbine!

segunda-feira, 28 de agosto de 2017

Pessoas "De Lua".


Detesto pessoas "de lua".

Lidar com elas, é pior do que andar no escuro em um espaço desconhecido.
É exatamente como andar em um lugar onde você nunca esteve.
É correr um grande risco de tropeçar em qualquer obstáculo, se machucar pelo caminho, se surpreender com algo pela frente que você não esperava, nem imaginava encontrar.

A pessoa de lua, é instável.
É quase que uma pessoa bipolar. Ou, talvez, até seja. Quem garante que não?!

Uma hora sorri.
Conversa bastante.
É simpática e receptiva.

E, quando você menos imagina, se depara com uma pessoa oposta.

Isso é, no mínimo, cansativo e desgastante.

É nunca saber se pode confiar.
É nunca se sentir a vontade de ser, realmente, você.
Nunca saber o que deve e pode falar.
Nunca saber com quem você vai se deparar.
Já que um dia a pessoa te olha e no outro, inexplicavelmente, te ignora.

Acredito que isso deve ser um desvio de personalidade.
Uma coisa pessoal na mente de cada um.
Algo relativo. Que cada um carrega o seu motivo.
Mas, de qualquer forma, é completamente cansativo.

É difícil compreender, mais difícil ainda de lidar.

Mas quem sou eu para apontar defeitos de personalidade?
Quem somos nós?!

Não é o outro que quero mudar, ajustar, reparar.
Nem são os defeitos alheios que quero consertar.
Mas, sim a mim mesma.
Meu intimo, meu ego, meus defeitos e desvios.

Os defeitos do outro, desejo que não sejam os meus.
Os meus, desejo que sejam superados, amenizados, findados a cada dia, a cada experiência, a cada fase vivida, com a minha própria evolução alcançada e compreendida.

O outro, é aquele que ele consegue ser.

Em relação a mim.
Que eu consiga ser melhor a cada dia.

E sei que tento.
E se tento, sei que sou capaz de conseguir!


Renata Galbine!

domingo, 27 de agosto de 2017

Dia Do Psicólogo


Carta para Psicóloga...


Ah, se todos soubessem o bem de um Psicólogo nas nossas vidas.
Se todos soubessem a utilidade e importância de tê-los, priorizariam dinheiro, tempo, para ganharem qualidade de vida em suas essências e personalidade.

E, de verdade, você foi uma das melhores coisas que já me aconteceu nesses quase trinta anos.
Apesar de eu já ter sofrido muito, ter precisado encarar a realidade com mais maturidade do que a minha real idade, isso não foi o suficiente pra me amadurecer em outros aspectos e depois que, finalmente, a encontrei, fui me encontrando também, me conhecendo e me reconhecendo, me analisando e me ajustando.

Hoje, embora ainda não satisfeita, me sinto orgulhosa de mim mesma.
Daquela que eu era e, com o tempo, fui conseguindo me desapegar, me soltar, deixar para trás.
Ainda vejo pela frente muito trabalho, a necessidade de muitas mudanças.
Mas olhando pra dentro, vi o quanto evolui e cresci.

Que bom foi tê-la tido até aqui.

Quantos problemas compartilhados. Quantos dilemas.
Quantas coisas que nem eram nada e dentro de mim, se faziam o mundo, um abismo sem fim.
Quantas palavras, reflexões, caminhadas de volta pra casa pensando, horas durante a noite me questionando e analisando o que estava sentindo.
Quanto crescimento nesse seu glorioso trabalho.
Quanta gratidão eu carrego. A Deus por ter te colocado na minha vida.
A minha estadia por aqui, sem dúvidas, teria sido bem mais sofrida sem você comigo semanalmente.

Mais um ano estou aqui para te parabenizar pelo seu trabalho, profissionalismo, empenho e tudo que possa se encaixar a todos esses anos de dedicação a mim e a tantos outros.

Com seu olhar atento.
Andar elegante.
Anel grande no dedo indicador.
Expressões tão marcantes.
"Bom final de semana." na despedida.
Te agradeço por cada meia hora, uma hora, tantas horas, de dias, semanas, meses, anos que se dedicou a me fazer querer ser melhor, a lutar pra ser.

Feliz Dia, MINHA QUERIDA Psicóloga!


Renata Galbine!

Jorge Faz 35


É que hoje é o dia dele...

35 anos e há dez anos que eu tenho a alegria de acompanhar e me encantar cada vez mais.

Jorge...
É até difícil falar sobre você.
Quem, de fato, não te conhece jamais será capaz de compreender.

Da minha parte não é apenas um olhar de Fã para um artista.
Já tem bastante tempo que vai bem além disso.

É um olhar crítico.
Um olhar humano para outro ser humano.
E que ser humano eu descobri conforme fui conhecendo, notando e te observando.

Não tem como te comparar.
Seus gestos e atitudes são únicas e incomparáveis.
Elas fazem quem você é.
Elas levaram aonde você chegou.
Elas conquistaram todo esse nosso amor.

Te amamos tanto.

E no seu olhar, sem que seja preciso falar, você mostra o quanto é grato por isso.
O quanto compreende cada um dos nossos sorrisos.
O quanto compreende cada esforço que fazemos pra estar perto de você.
O quanto sabe a importância pra nós do toque, do seu abraço, do seu carinho.

Esse ano que passou te trouxe uma das coisas que você mais sonhou:
Ser Pai.
O Davi chegou!

Esse ano que chega, que traga o que ainda deseja e almeja.

E nunca se esqueça:

O quanto você nos faz felizes.
O quanto nos faz bem.
O quanto transborda o nosso coração de amor e a mais intensa alegria.
O quanto você é especial.
O quanto você é admirado e amado.

Você está sendo presenteado pela vida com mais um ano.
E que presente pra nós poder te ter.
Nem sempre perto.
Mas poder te escutar.
Quando conseguimos te ver, poder te abraçar.
E, simplesmente, saber que você existe.

Não existe por existir.
Existe para amar.
Cantar.
Encantar.
E nos retribuir todo o amor que temos, carregamos, sentimos e dedicamos a você.

Feliz Aniversário, Meu Panda. Meu Amor. Meu Jorge!


Renata Galbine!

sábado, 26 de agosto de 2017

Você Está Por Toda Parte


Peraí...

É que em todas as senhas das minhas redes sociais, tem o seu nome.
A senha do meu cartão de crédito também carrega o seu nome.

O pão do café da manhã que, propositalmente, eu deixava um pedacinho.
Pra quem eu vou dar quando for deixar as coisas na pia?

A banana de todas as manhãs serão divididas com quem?
Desde bebê você gostava.
A mamãe June te ensinou assim.

Quem vai arranhar a porta, prestes a derrubar, pra sair quando acordar?
As marcas dos arranhões continuam ali.
E eu estou desviando o meu olhar deles.

São marcas suas, entende?!
Mas você não está mais aqui.

Hoje eu senti algo nas minhas pernas quando abri a porta para sair do quarto.
Foi tão real!
Jurava que fosse você com sua habilidade de sair na minha frente.

Não consegui permanecer na rede por muito tempo.
Aos poucos, fui notando o vazio que me cercava.
Você não estava nos meus pés deitada.
Com um nó na garganta, tratei de levantar e saí lá de fora.

Quando estava deitada na minha cama, me bateu uma agonia.
Mais de uma vez, olhei para baixo, como sempre fazia, e não te vi dormindo.
Nem seu pano estava lá.
Só seu pote de água, que você nunca viu problema em dividir com os tantos gatos que temos pela casa.

Agora a pouco, saí do banho e ao abrir a porta, tropecei.
Tropecei no vazio.
Ninguém estava me esperando.
Você não estava fazendo a patinha, toda esparramada.

A todo canto você estava.
E agora?

Foram quinze anos, não é?!

Quantas coisas.
Tantos momentos.

Meu Amor.
Você está me vendo aqui?

Eu estou chorando.
Você vai ficar chateada?

Você foi tão forte.
Mas eu não estou conseguindo ser tanto quanto você foi.
Me desculpa!

Lembra quando te dava a crise do "touro bandido"?
Você corria pela casa toda.
Com uma velocidade ninja, saía por uma porta e logo entrava por outra.
Você ainda enxergava.

Como eu amava ver seu rabinho balançando de alegria a cada vez que eu chegava.

Sempre foi comilona.
Se lembra daqueles queijinhos que você comeu sorrateiramente, que o tio Mau havia comprado para aquele final de semana em Itatiba?

Ah, Tiba...

Você não pôde ser minha na primeira tentativa.
Minha saúde não permitiu.

Mas Deus me deu outra chance.
E logo você existiu novamente na minha vida.

Porque TINHA que ter sido daquele jeito.
Naquele momento.
Naquele dia.

Eu que queria tanto ter ido pra casa da tia.
Não pude ir, nem me lembro o por que.
Mas hoje eu sei que foi pra poder receber você.

E que bom que fiquei!

Quinze anos depois, estou indo pra casa dela.
Em busca do que Deus estiver reservando pra mim.
E se Ele estiver inspirado quanto naquele dia...
Que sorte a minha.

Torce por mim?

Me desculpa o desabafo.

Eu Te Amo, sabia?!


Renata Galbine!

sexta-feira, 25 de agosto de 2017

Somos Julgados


Somos julgados a todo momento.
Somos julgados a todo instante, pela maioria das pessoas.

Somos julgados por algo que falamos ou deixamos de falar.
Somos julgados por uma roupa que usamos ou uma marca que não podemos comprar.
Somos julgados pela casa que moramos, carro que andamos, lugares que frequentamos.
Somos julgados por aquilo que temos ou não podemos ter.
Somos julgados por aquilo que conquistamos ou não conseguimos alcançar.
Somos julgados pelas nossas ideias e atitudes.
Somos julgados pela nossa personalidade e virtudes.

Somos julgados por fazer e deixar de fazer.
Somos julgados sempre.
Por tudo.

A todo momento, somos julgados.

Somos julgados pela sociedade.
Dentro de casa e fora dela.
Por amigos e também familiares.
Não só desconhecidos, mas pessoas sangue do mesmo sangue.

E julgar é fácil.
Claro que é!

É fácil apontar o dedo.
Apontar algo que você acha.
Apontar algo que você enxerga.
Dizer algo que você acredita e que, pra você, serve como única verdade, mas, de fato, não se dá o trabalho de conhecer a realidade.

Nós nunca seremos capazes de conhecer a verdade do outro, a dor do outro, o mundo do outro.
Mesmo que ele nos diga e nos mostre, nunca seremos capazes de conhecer, realmente, o que se passa.
Logo, sem conhecer não devíamos nunca, em momento algum, julgar.

O que o outro fala ou deixa de falar.
Como age.
Atitudes que toma.
A forma que decidiu viver.
As escolhas que optou fazer.

Quem somos nós pra dizer?
Quem somos nós pra julgar?
Quem somos nós pra falar?

Seres perfeitos?
Sem defeitos?
Sem necessidade de olhar para o nosso umbigo?

O mundo seria mais leve, mais brando e humano se cada um se colocasse verdadeiramente no lugar do outro.
Sem pensamentos tão pejorativos.
Sem apontamentos tão desnecessários e irrelevantes.

Julgar, é fácil.
Parou pra analisar o que você faz, quem você é, o que você fez ou deixou de fazer?
Renata Galbine!

quarta-feira, 23 de agosto de 2017

15 Anos De Amor.


- "Re, a Tiba não está muito bem!"
- "O que houve com ela?????"
...
- "Re, a Tiba está muito abatidinha."
- "Quando você volta pra casa?"
...
- "Re, tenho que te dizer que a Tiba está bem mal!"
- "Meu Deus. Será que eu consigo chegar a tempo? Vou tentar conseguir passagem antes possível."
...
- "Re, ela está só te esperando chegar."

E eu cheguei.
Me deparei com você tão fraca, tão magra.
Tão debilitada. Como nunca havia ficado antes.

Que choque!

Exatamente no dia que eu viajei você estava completando quinze anos.
Um mês e oito dias depois me despeço de você.

Que dor!

Como você sofreu.
Eu jamais poderia imaginar um fim tão triste, tão pesado e sofrido.
Mas você lutou.
Lutou fortemente, contra suas dores, contra todas as limitações que foram aparecendo no seu corpo no decorrer dos dias.
Lutou até seu último suspiro.

Minha guerreira.
Minha fortaleza.

Meu exemplo do mais puro amor.

Eu sempre soube o quanto você era forte.
Nunca duvidei disso.
Mas me surpreendi do quanto.

Que lição você deixa a cada um de nós aqui de casa.

De amor incondicional.
De força, determinação.

Parece que você não queria partir.
E por mais dolorido que seria imaginar os meus dias sem você, eu pedia.
Pedia do fundo do coração, desesperadamente, que você descansasse.
E a cada vez que o seu sofrimento ia aumentando, eu pedia mais.
Porque você não merecia passar por tudo isso.

Quantas alegrias.

Como você amava brincar.
Correr.

Como você amava viver!

Correr pelo campinho.
Correr pra pegar a bolinha que, incansavelmente, você queria que jogássemos pra poder correr em busca dela e pegar novamente.
Em seguida, se jogava na piscina pra refrescar.
E nadava feito uma criança.

Uma criança livre e feliz.
Foi o que você sempre foi.
Uma eterna criança.

Brincalhona.
Companheira.
Aonde eu estava você ia.
Se eu deitava na rede, você estava deitada nos meus pés.
Se eu ia tomar banho, você deitava na porta pra esperar eu sair.
Eu ia dormir você se recolhia.
Eu acordava e você sabia, mesmo que eu nem tivesse saído da cama ainda.
Pulava em cima de mim com o rabinho abanando tão rápido quanto as asas de um beija-flor.

E hoje você voou.

Depois de quinze anos me despedir de você, é doído.
Eu sempre pensei nesse momento com medo, pois evitava de pensar em te perder.

Mas hoje agradeço.
Agradeço por ter partido e descansado.
Isso porque você não merecia continuar sofrendo.
Isso porque eu não posso ser tão egoísta assim.

A todo momento, queria ter o poder de tirar sua dor e colocar em mim.

Agora, a dor é nossa.
A falta será eterna.
Mas você está em paz.

Você fez parte da minha infância,
Você fez parte da minha adolescência.
Você fez parte da minha vida adulta.

Acompanhou tantas fases, tantas mudanças, tantas dores, conquistas e alegrias.
Sempre ao meu lado. Como se entendesse. Como se me escutasse.

Nunca deixou de estar ao meu lado.
Desde o dia 14 de Julho de 2002, aquela tarde linda e ensolarada quando te recebia em meus braços.
Tão pequena, tão novinha. Uma ursinha.

Até a noite do dia 22 de Agosto de 2017.
Uma noite fria, chuvosa e triste.

Sua audição já tinha sido perdida.
Sua visão já tinha sido afetada.
Seus últimos dias você já nem mais andava.

Me perdoa por não ter podido fazer mais por você.

Descansa, meu amor.
Você merece descansar.

Que os amigos Espirituais te recebam com o mesmo amparo, com o mesmo zelo, com o mesmo carinho, com o mesmo amor que você nos deu a cada um desses quinze anos de alegria, sabedoria e amor.

Eu Te Amo, sabia?!


Renata Galbine!

segunda-feira, 21 de agosto de 2017

Impotente Diante A Vida.


O sentimento é de impotência.
Impotente por te ver sofrer e não saber o que fazer.

Na verdade, saber. O que é pior ainda.
Saber. Mas não poder.

E, com isso, me sentir covarde.
Covarde por me perguntar se haveria uma chance.
E essa chance eu não poder te oferecer.

Você não merece sofrer.

Eu, sim.
Que não posso te proporcionar um mais digno fim.

Eu mereço sofrer.
Mereço te perder.
Mereço chorar, até soluçar.

A dor tem que ser em mim.
Que poderia ter sido mais.
Poderia ter feito mais.
Poderia ter oferecido mais.
Poderia ter amado mais.

Poderia...

Você não.

Você me amou.
Se doou.
Se dedicou.
Se entregou.

Foi fiel.

Fez quando eu precisava.
Deu até quando eu não merecia.
Estava quando eu te notava ou nem percebia.
Se doou em cada momento em que ao seu lado eu estava.

Me amou.

Incondicionalmente.
Verdadeiramente.

E parece que, por esse amor, você permanece.
Você luta.
Se segura e não quer partir.

Você respira, embora sofra.
Mas não chora.
Não esboça sua dor.

Por que?

O que preciso aprender?
Que a vida foi dada pra ser vivida?
Que a morte jamais será compreendida?
Que temos que lutar até o último suspiro?

Eu insisto:
- Pode ir. Você merece descansar.

Eu imploro:
- Não precisa mais lutar.

Eu suplico para que Deus possa te levar.
Pois você não merece sofrer, nem passar por tudo isso.

Quanto amor.

Que lição!

Não há palavras que justificam erros.
Não há perdão que supere a falta.

Não há palavras que descreva esse amor.

Por favor. Descanse.

Eu Te Amo, sabia?!


Renata Galbine!

sexta-feira, 4 de agosto de 2017

Prioriza O Que Te Valoriza


Já reparou o quanto fazemos questão do que não merece questão alguma?

A gente insiste em tentar, fazer, procurar.
Dar motivos pra não desistir.
A gente prefere persistir e se enganar.

Por que?!

Será que é mais fácil insistir naquilo que não tem futuro do que aceitar que precisamos de um novo rumo?

Será que é mais simples insistir no que está claro que dará errado e que é um caminho completamente incerto e inapropriado?

A gente insiste em perder tempo em vão.

Perdemos minutos valiosos.
Horas que passam.
Dias que voam.
Momentos que não voltam.

Por sentimentos a toa.
Por desejos incoerentes.
Por pensamentos inconsequentes.

A gente se dedica demais.
Se desgasta demais.
Se estressa demais.
Se doa demais.
E espera demais.

A gente perde tempo demais com aquilo que não muda, nem vai mudar.
Mas a gente insiste em querer.
A gente insiste em tentar.
E também se enganar.

Numa sede de que vai mudar.
Numa sede de que vai conseguir.
De que vai conquistar.

Mas precisamos enxergar que NÃO.
Tem situação que não adianta tentar e achar que vai dar.

Não vai mudar.
Não vai acontecer porque não depende só de você.
Não vai vingar.
Porque não basta apenas um querer.

Portanto:

Desapega.
Siga.
Se nega a querer algo que não faz questão de você.

Ignora.
Esqueça.
Bloqueia.
Vire as costas.
Levanta a cabeça.

Exclua da sua vida tudo o que não te acrescenta.
Deleta tudo o que não te prioriza.

Entenda que somos um só.

Um só corpo.
Um só coração.
Uma só vida.
E nela não podemos, não merecemos e nem devemos nos sujeitar a ser opção.

Faça questão do que vale a pena querer e insistir.
Prioriza o que te valoriza.
Mas, acima de tudo, se auto valorize.

Não faça questão de querer o que não faz questão de você.
 

Renata Galbine​!

quarta-feira, 2 de agosto de 2017

Deixei De Tolerar


Eu não sei, de fato, o que nos proporciona algo desse tipo.

Se é o tempo.
Se são os tombos.
Se é a idade.
Se é a vida nos proporcionando a evolução da maturidade.
Se é a exigência em maior quantidade.

Só sei que, conforme o tempo passa, a nossa tolerância diminui.
Não digo "paciência", pois a palavra exata é, realmente, a tolerância.

A gente passa a não tolerar certas coisas.
Certas atitudes.
Certos pensamentos.
Certos devaneios.
E certas pessoas.

E se existem coisas que eu não sei mais lidar, é a falta de atitude.
A falta de decisão.
O subentendido.
Aquilo que confunde a razão.

Não sei, nem faço questão.

A vida, é tempo.
É tempo que passa.
E o que passa não volta.

A vida, são oportunidades.
Momentos.
Feitos no agora.
E não deixados para depois.

A vida, são flashs de dificuldades e alegrias.
Perdas e conquistas.

A vida, é levantar todo dia e fazer daquele dia, e naquele dia, como se o próximo não fosse existir.
Porque, de fato, ele pode não vir.

E aí você não viveu.
Não falou.
Não procurou.
Não desabafou.
Não buscou.
Não realizou.
Não concretizou.

Me dá fobia lidar com o incerto.
Falar com o talvez.

Me angustia a falta de atitude.
Nos fazendo pensar que, para o outro, tanto faz, tanto fez.

Me irrita o subentendido.
Eu ter que, praticamente, desvendar, entender, descobrir.
Ficar sem saber o que posso querer ou o que devo desistir.

Detesto o talvez e já disse isso mais de uma vez.
O talvez não é sim, mas também não é o não.

E não é que eu queira ter sempre o recíproco.
Mas, sim.
Eu prefiro um não bem claro, do que me enganar com um sim que eu nem sei se tenho.
E acabar fantasiando uma história que nem sei se vou viver e se vai mesmo acontecer.

Eu gosto da certeza.
Mesmo que seja o contrário do meu querer.

Não gosto de meias palavras.
Meias verdades.
Meias atitudes.
Pessoas pela metade.

Ou esvazia.
Ou transborda.

Não me venha com meia xícara de café.
Meio copo de água.
Tão pouco, meio copo de refrigerante.

Não me ofereça meio minuto do seu tempo.
Uma amizade meia boca.
Ou um amor lixo prestes a me deixar louca.

Me faço inteira.
Me desfaço por completo.
Nunca pela metade.

Sou intensa demais para aceitar qualquer coisa.
Não sei mais lidar com qualquer pessoa, história ou situação que não seja ou um "Sim" ou um "Não".

Não tolero viver pela metade.
Não tolero fazer pela metade.
Não tolero entender pela metade.
Não tolero ter só a metade.

Não tolero ser metade!

A vida me fez inteira.
E tudo o que for pela metade, é melhor não entrar no meu mundo.
Porque nele não vai se encaixar.

Metade de tudo, é o mesmo que nada.
Melhor um "Não", do que viver enganada.


Renata Galbine!