quarta-feira, 10 de janeiro de 2018
Dói em mim, não no outro.
"Qual é o seu problema?"
"O que você está sentindo?"
"Pelo o que você está passando?"
"É grave?"
"Tá doendo?"
"Quer desabafar?"
"Será que tem uma forma para que eu possa tentar te ajudar?"
"Tô aqui, tá?!"
Não.
Essa não é a versão real.
Essa é a versão que muitos de nós esperaríamos e gostaríamos de receber.
Mas, raramente, vamos ter.
Isso porque o "ser humano", raramente, consegue e é, de fato: Humano!
Quer saber?!
Que se dane você!
Suas dores e problemas.
.
- Eu quero vender.
Se for vendedor.
- Eu quero bater metas.
Se for explorador.
- Eu quero encher os meus shows.
Se for cantor.
- Eu quero vender ingressos.
Se for promotor.
- Eu posso ensinar.
Desde que você possa pagar.
- Eu tô ocupado. Essa semana tá corrida. A gente marca. Te ligo.
Aquele que se diz amigo.
Eu posso chamar, me aproximar, me lembrar.
Desde que você tenha algo a me acrescentar.
Mas que não sejam problemas.
Porque os problemas são nossos, sabe?!
E ninguém tá muito interessado neles.
Ou nenhum pouco.
Não se engane.
Nem sempre quem sorri e te abraça, é quem está e, acima disso:
Estará com você quando você precisar.
São poucos.
Tão poucos.
Bem poucos mesmo.
Às vezes, em alguns momentos, nenhum.
Acredite!
Mas aí você tem que ser forte o suficiente, respirar.
Não desistir.
Encarar.
E enfrentar.
Procurar uma saída e solução.
Por mais difícil que esteja e seja.
Por pior que possa estar se sentindo.
Não pode, e nem deve, contar com ninguém além de você mesmo.
Porque, sabe...
A dor.
Essa dor aí...
Ela é sua.
De mais ninguém!
Renata Galbine!
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