quarta-feira, 17 de janeiro de 2018

Peneirando Amigos


Esse texto foi escrito por mim há um tempo atrás e quando o escrevi, postei no Facebook.
Me lembro de muitas pessoas terem curtido, comentado e se identificado.
Porém, a página: "Mais Uma Vez O Silêncio" ainda não existia.
Hoje me deparei com essa escrita e achei conveniente posta-la, mesmo que novamente.
Além de pessoas que ainda não leram, terem a oportunidade de ler, é algo que venho pensando muito e, novamente, à respeito!

Sei que eu tenho bons amigos.
Reconheço.
Agradeço!

Por mais que, para alguns, eu possa parecer durona.
Talvez, pela minha personalidade forte e, algumas vezes, um pouco áspera e muito direta.
A verdade é que odeio me sentir só!

Mas esses últimos dias, parei pra pensar em alguns detalhes...

Sabe aqueles amigos que nos pegamos sempre tentando agradar?

Procurando.
Perguntando.
Agradando.
Se preocupando.
Nos aproximando.
Nos mostrando presentes para o que ele precisar.
Nos policiando para não errar.
Nos policiando para não pecar nem no excesso, nem na falta.

Puxando assuntos.
Sendo sempre o animado e engraçado.

Mas chega uma hora que isso pesa.
Que isso cansa.
Desgasta, sabe?!

E aí me bateu uma vontade de fazer diferente...

Renovar.
Reformular.
Reconhecer.
Mudar.

Enxergar que eu não preciso me doar tanto para determinadas pessoas.
Que não preciso, e nem devo, somente eu ir até elas.
Que não posso, somente, eu insistir em fazer por elas.
Me preocupar tanto.
Me doar tanto.

Perguntar.
Procurar saber.
Puxar assuntos.
Me fazer presente.
Sorridente sempre.

Elas também precisam vir até mim.
Isso é ser, verdadeiramente, amigo.
Não?!

Ir menos atrás.
Fazer menos questão.
Ser mais recíproca nas palavras e gestos de cada um, que, por tantas vezes, são tão vagos ou, simplesmente, nulos.

Têm algumas pessoas a minha volta que estão precisando disso.

É cômodo você sempre oferecer o que o outro quer receber.
Mas será que é aquilo que ele merece ter?

Estou um pouco cansada das minhas frases extensas e respostas monossilábicas.
Ou até mesmo mensagens enviadas e, ao mesmo tempo, ignoradas.
Um pouco cansada de sempre ser a que propõe pra sair, a que propõe de estar junto, a que tenta estar perto.
Cansada de mostrar preocupação e, realmente, me preocupar.
Me colocar no lugar, ser ouvinte, "psicóloga".
Ser AMIGA!

Estou cansada daqueles que mais se interessam em saber dos seus problemas e dores, do que tentar te ajudar, nem que seja com um olhar. Pois uma ajuda nem sempre são atos, mas, muitas das vezes, são gestos.

Acho que, às vezes, o nosso medo de estarmos sós, ou ficarmos sós, faz com que a gente force a barra em determinadas situações.
A verdade, é que não estou mais fazendo questão do meio termo, da meia verdade, da meia intensidade, da meia amizade.

Sou exigente e adoro isso.
Não aceito qualquer coisa porque não sou qualquer pessoa.
Sempre ofereço o melhor de mim.
Também quero poder receber o melhor que eu puder ter.

Quero termos completos.
Quero verdades inteiras.
Quero momentos intensos.
Quero pessoas sinceras.
Quero amizades verdadeiras.

Quero o disposto.
E não aceito o oposto.

Quero o presente.
E dispenso o ausente.

Quero o real.
O leal.
O sincero.

O que vem até mim quando precisa, mas que esteja disponível quando eu também precisar.
O que não se interessa por quais são os meus problemas, mas, sim, em me confortar e me escutar quando eu QUISER falar.
E se for pra ser diferente, daqui pra frente, prefiro deletar.

Porque vocês, sinceramente:
Não tem nada a me acrescentar!


Renata Galbine!

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