sexta-feira, 27 de abril de 2018

Se Amar


Não se esqueça.

Não se esqueça de você.
De VOCÊ!

Lembre-se de não se esquecer.
Que, acima de qualquer coisa, o que mais importa é você.

Se cuidar.
Se priorizar.
Se privar.
Se preservar.

Se Amar!

Auto-estima.

Às vezes, precisamos até sermos um pouco egoístas.
Por nós mesmos.
Pelo nosso próprio bem.

Bem-estar!

Se valorizar.
Não permitir que ninguém seja capaz de te machucar.

Se precaver.
Não facilitar que uma tempestade tenha a chance de fazer o seu mundo desmoronar.

Eu sei que é fácil escrever e falar.
Eu sei que nem sempre é tão fácil praticar.

É difícil pra mim, tanto quanto é pra tantos de nós.

É difícil.
Muito difícil.
Mas duvido que seja impossível.

A gente precisa se conscientizar.
Se esforçar.
E, pelo menos, tentar.

O primeiro passo de tudo e para tudo, de fato, é:
Tentar!

Tentemos nos priorizar.
Não nos machucar.

Não nos ferir.
Não deixar que ninguém seja capaz de nos atingir.

Pois nós, somente nós, sabemos quem somos.
Como somos.
O que pensamos.
O que enfrentamos.
O que superamos.
E, acima disso:

O que carregamos dentro do peito.

Nós devemos estar em primeiro lugar.
Segundo.
Terceiro.
Quarto, até, se duvidar.

A nossa vida, nós temos que valorizar.
A nossa saúde, nós temos que cuidar.
A nossa imagem, nós temos que preservar.
A nossa auto-estima, nós temos que zelar.
A nós mesmos nós não podemos deixar de pensar.

A gente precisa primeiramente:
SE AMAR!

NÃO SE ESQUEÇA!


Renata Galbine!

terça-feira, 24 de abril de 2018

Por Favor


Por favor.
Não faz o meu peito chorar.

Por favor.
Não entra na minha vida pra me machucar.

Por favor.
Não me faça chorar, senão de alegria.

Por favor.
Não desperdice a nossa energia que contagia.

Por favor.
Não deixa apagar o que eu te falava todo o dia.

Por favor.
Eu tenho o meu sorriso para te dar.

Por favor.
Eu sei que você gosta de ver o meu olhar brilhar.

Por favor.
Não venha até mim para gritar.

Por favor.
Não me faça pensar que vai ser covarde em desistir.

Por favor.
Não me deixe partir.

Por favor.
Não vou suportar, por um motivo nada cabivel, vê-lo seguir.

Por favor.
Coloca na balança antes de se decidir.

Por favor.
Você mesmo me disse que a oportunidade bate na porta e nem sempre volta.

Por favor.
O que é, realmente, verdadeiro não se joga fora.

Por favor.
Saiba escolher.

Por favor.
Você precisa entender.

Por favor.
Nota o que compensa permanecer.

Por favor.
Entenda que do jeito que estava não sou capaz de continuar.

Por favor.
Acho que mereço uma posição digna para permanecer e ficar.

Por favor.
Não desrespeita o valor e reconhecimento que sempre tentei demonstrar.

Por favor.
Você sabe bem contabilizar.

Por favor.
Com a soma de tudo, pelo zero não é possível que você seja capaz de optar.

Por favor!!!

Eu entendo.
Compreendo...
Que um "Por favor", nem sempre é o suficiente se o sentimento for ausente, incoerente.
Se não for claro ou não for o suficiente.

O "Por favor", não é uma ordem.
É um pequeno e singelo pedido.
Muitas vezes trazido para muitos ignorar.

Por favor.
Não temos tempo a perder.

Por favor.
Não merecemos sofrer.

Por favor.
Fizemos tantos planos para viver.

Por favor.
Não deixe a vida passar.
Pois essa oportunidade pode não mais voltar.
E isso foi você que, com a porta do quarto, usou como exemplo para me ensinar!


Renata Galbine!

segunda-feira, 23 de abril de 2018

Dor Profunda.


Dói.
Tá doendo.
É claro que está!

Afinal, um ser humano que tem vida.
Respira.
Sente.
Tem sangue nas veias.
Não dá pra negar.

Não tem como não sofrer.
E deixar de chorar.

Dói.
Dói tanto.
Parece até que não vai suportar.

Confunde.
Sufoca.
Você chora como se fosse passar.

E não passa!
Porque as perguntas se fazem presentes.
As palavras escutadas estão na mente de maneira persistentes.

Você não consegue apagar.
Não deixar de lembrar.

E dói.
Como dói.

Tem remédio para aliviar?
Tem alguma coisa que ajuda a passar?

Tá doendo.

A palavra usada.
A frase gritada.
A música dançada.
A ausência notada.

Contradição.
Mentira.
Segunda opção.

Toda uma história vivida em vão?

A entrega.
A troca.
A verdade.
A compreensão.

O lado que respira.
Que tem cor.
Que tem vida.
Não foi a escolhida opção.

O lado que vegeta.
Que se cala.
Não pergunta.
Só adoece.
E não cura.
É quem preferiu manter ao lado.

Que contradição!

Pra que entendimento?
Não tem o que ser falado.
Explicado.
Mostrado.

É apenas uma opção:
- Fazer sua própria opção.

É apenas uma conclusão:
- Fazer sua própria escolha.

De que lado quer ficar?
Que vida quer levar?
Que opção quer tomar?
Que história merece continuar?

A vida que vive, brilha, transcende, sorri, se entrega, respira e valoriza?

Ou a vida que vegeta, se acomodou e nunca houve amor?

Que dor!

Esse é o resultado e troca para quem, verdadeiramente, se entregou.
E pela segunda vez em uma longa jornada de vida a oportunidade de alguém que te amou!


Renata Galbine!

domingo, 22 de abril de 2018

Relação Falida


Não adianta você colocar o seu melhor vestido nesse seu corpo esquisito.
Forçar uma maquiagem nessa sua cara mórbida.
Tentar uma dança em seu ritmo fora de forma.

Não adianta querer chegar junto, ficar em cima, achar que manda e comanda.
Pois é a mim que ele ama.

Não adianta você pensar que amedronta.
Que a mim você desmonta.
E que o meu mundo você desmorona.

Pois o seu já caiu há muito tempo antes do meu.
Mas você é tão sonsa que nem nota.

Não adianta me filmar, me encarar.
Não adianta ter vontade de me matar e me colocar pra fora de qualquer lugar.
Pois onde você nunca esteve, lá é o meu lugar.

Lugar que eu não forcei.
Lugar que me posicionei, pois cativei e nem notei.

Quando vi, já estava lá!

Lugar que faço parte.
Lugar que faço arte.

Faço sorrir desde a hora de acordar.
Faço admirar quando fita o meu olhar.
Na hora de tomar o café da manhã, não paramos de conversar.
Pois a falta de assunto nunca foi algo a nos preocupar.

As caretas com o pão na boca que eu faço, brincando, para fazê-lo sorrir.
Enquanto a você, naturalmente, faz "careta" só em comer e existir.

Os nossos momentos de lazer.
A cada almoço e hora de jantar.
A nossa hora de adormecer e descansar.

Eu nos braços dele.
E ele entregue a me amar.

As nossas horas de prazer.
Eu fazendo dele o que você não foi capaz de fazer:

Homem!

Homem desejado.
Homem saciado.

Mas, acima disso...

Homem reconhecido.
Homem valorizado.
Homem enaltecido.

Homem Amado!

Como apenas uma, até hoje, foi capaz de fazer.

Eu não me implantei na vida dele feito uma planta sem vida.
Que parece que nem respira.
Que não tem cor, graça e nem vida.

Eu entrei na vida dele feito um terremoto.
Feito o sol que clareia e aquece o dia.
Feito a Lua que ilumina a noite.
De fato um ser que tem vida.

Será que você sabe, de fato, como é isso?!

De baixo da terra, tirei um ser onde só o coração batia.

Onde já estava enterrado.
Desmotivado.
Desacreditado.
Em um mundo sujo, no qual você mal imagina.

E ele confiou a mim em contar.
Acredita?!

E pra esse ser, eu, novamente, dei vida.
Seus dias, naturalmente, eu voltei a colorir.
O seu coração, a cada amanhecer, mais forte batia.
O seu sorriso, a cada momento, mais expressivo se abria.
E ele, a cada dia, mais jovem parecia.

Aquele ser que só o coração batia.
Que o mundo a sua volta, parece que nada mais existia.
Que o futuro não mais te pertencia.
E que a vida era aquilo e nada mais ele merecia.

Eu fui presenteada por ele um dia.
E ele a mim.
Com a minha vida.
Com a minha alegria.

Cumplicidade.
Troca.
Parceria.

História linda e atípica que poucos merecem saber.
Verdade que poucos seriam capazes de compreender.
Amor incondicional que poucos seriam capazes de entender.

Quanto a você...

Só lamento!

Dessa vida de só descontento.
Vida mecânica.
Rotineira.
Sem graça.
E vazia.
Que você se instalou em outra por puro interesse e comodidade.
Que, rapidamente, você resolveu fazer essa falida parceria.

O que dizer de uma planta quase seca, sem cor e sem vida?
Resumidamente, que só respira.

Nesses anos todos o que você não se esforçou, nem fez questão de conquistar.
Eu conquistei com o sabor de vida que o proporcionei.
Eu conquistei com o meu interesse de bem estar.
Eu conquistei com a minha presença constante e preocupação nada cessante.

Eu conquistei sem nada pedir.
Sem nada a combinar.
Sem nem planejar.

Não foi em um comum acordo.
Foi Deus.
O destino.
Sei lá!

Eu conquistei o que você até hoje não pronunciou, nem foi capaz de conquistar e escutar:

O Amor.
O "Eu Te Amo"!

E seja o que for.
Como for.
E quando for.

Eu sei que esse amor existe.
Nem você, nem bruxaria alguma será capaz de matar.

Porque o amor quando existe:
Vive dentro de nós, independente do que aconteça e quem esteja a nossa volta.

Porque o amor quando existe:
Não há quem desiste, pois se trata de um sentimento sublime.

Sentimento esse que, talvez, você nem tenha tido a oportunidade de conhecer.
E nem vá.
Porque o amor nasce onde há vida.

Quanto a mim...

Só lamento por você.
Que o melhor que sabe fazer, é vegetar, ao invés, de viver.


Renata Galbine!

quarta-feira, 18 de abril de 2018

Mais Um Mês


Mais um mês...

Mais um mês de uma história atípica.
Observada.
Pensada.
Analisada.
Mas, não, adiada.
E, sim, vivida.

Uma noite qualquer levei um papo sério com Deus.
Acho que nunca fui tão direta com Ele a respeito disso.
Sei, e acredito, que Deus conhece tudo o que se passa dentro de nós.
Com isso, enxerga e sabe das nossas dificuldades e reais necessidades.

Falei claramente e abertamente.
Um papo com seu melhor amigo.
Um desabafo!

Contei o que carregava no peito.
E tentei deixar claro o que se passava na minha mente.
Ao final, com algumas lágrimas sendo derramadas:
Agradeci!

Poucos dias depois.
Bem poucos.
Me surpreendi.

Ele estava ali.
Tudo o que eu pedi.
Ou, talvez, até um pouco mais.

E a cada dia me surpreendo o quanto foi além do que eu esperava.
Até mesmo além do que eu achava que precisava.

E hoje, vejo que preciso de cada traço.
Cada vírgula.
Cada curva.
Cada gesto.

Mais um mês...

De um começo?
Um recomeço?
Um reencontro?

Mais um mês...

De outras vidas?
De alguma ida e alguma vinda?
De, simplesmente, um começo dessa mesma vida?

Será que eu tô vivendo um sonho?
Será que eu tô vivendo um erro?
Será que eu tô vivendo um equivoco?
Será que eu devo parar?
Será que me cabe continuar?

Se Deus mandou.
Se Deus me deu.
Se na minha vida entrou.
Por que tiraria?
Por que desistiria?
Por que não viveria?

E sigo vivendo.
Temendo, às vezes.
Mas tentando não pensar.
Para não me perder em meio a pensamentos que, talvez, não me acrescentem.
Não me levem a lugar nenhum.
Ou me leve, até, onde não tenho que chegar.

Mais um mês...

Quanto aprendizado.
Quantas conquistas.
Quantas provas.
Quantos obstáculos.
Quantas superações.
Quanta entrega.

Quanto de mim há em você.
Quanto de você há em mim.
Naturalmente!
Antes da entrega.
Conforme a gente começou a se conhecer.
E passou a se descobrir.
Você a mim.
E eu a você!

Como seria possível desistir agora e deixar de te querer?

Mais um mês...

De conversas profundas.
Um encaixe perfeito.
Um profundo entendimento.
O cuidado.
O zelo.
A cumplicidade.

A verdade dessa história que é nossa.
Só nossa.
E de mais ninguém!


Renata Galbine!

segunda-feira, 16 de abril de 2018

Falar sobre Ele


Ah...

É que eu quero falar sobre ele.
Mas sabe quando você não sabe nem por onde começar?

Será que eu começo por aquele abraço apertado?
Será que eu começo pelo teu perfume que eu amo e não te deixo trocar caso quisesse?
Será que eu começo dizendo que me encaixo perfeitamente no seu colinho?
Será que eu começo falando que o fato de eu lembrar do seu remédio e seu colírio não é nem metade do que faz por mim?
Será que eu começo dizendo que você já sabe que não gosto de luz quando acordo, que o banho tem que ser bem quente, a carne tem que ser cortada pequenininha e que, após a refeição, tem que ter refrigerante pra gente arrotar feito dois Dinossauros?

Talvez eu possa começar pelo teu jeito de me tratar.
Talvez eu possa desenhar o teu jeito de me olhar.
Talvez eu possa explicar a sua facilidade em me entender.
Talvez eu diga as infinitas histórias que já foi capaz de me dizer.

Quem sabe se eu disser que tomamos café da manhã, praticamente, todos os dias da semana.
Quem sabe se eu assumir que você frita batata frita pra mim quando estou com vontade, em plena madrugada.
Quem sabe se eu contar que você faz a comida do jeitinho que sabe que vai me agradar.

Ah, meu amor...

São tantas coisas.
Como te reduzir em palavras tão pequenas?

"Teu Amor me cura".
Disse eu la atrás em uma linda noite de lua cheia com os pés na areia.

Mal eu imaginava a imensidão e verdade dessa frase.

Amor que cuida.
Ampara.
Não abandona.
Não maltrata.

Amor que cura.

Cura minhas dores.
Meus medos.
Meus pensamentos mal posicionados.

Direciona a minha paciência.
Me entende sem exigências.

Me aceita como sou.
E não me abandonou por isso.

Ah, meu amor...

Por que você tinha que ser assim?
Eu não esperava tanto pra mim.

Quando te pedi pra Deus de presente, já estava tão descrente.

Cansada.
Calejada.
Desiludida.

E ai me vem você.
Com seu jeitinho.

Meu ogro desajeitado.
Que faz de tudo pra não fazer nada errado.
Tudo do meu jeito.
Pra me agradar.
Pra me alegrar.
Pra ganhar o que você tanto valoriza:

O meu sorriso!

E o mundo lá fora mal imagina tudo isso.
E não importa que não imaginem.

O mundo lá fora pode desabar.
Só nós sabemos o que já fomos capazes de enfrentar.

Juntos.
Lado a lado.
Dia pós dia.

Lutando.
Acreditando.
Enfrentando.
Encarando.

E você me amando.
A cada dia.
A cada amanhecer.
A cada entardecer.
A cada anoitecer.
A cada momento e dificuldade.

Me amando de verdade.
Me fortalecendo.
Me guiando.
Me amparando.
Me segurando pra eu não cair.

Com o seu amor:
Me curando!

Eu queria te colocar numa caixinha pra não te perder.
Mas somos almas igualmente livres.
Seres de personalidades feitas.
Opiniões formadas.
E, por essas e outras, não sobreviveríamos a uma sufocante caixinha.

Por isso, te deixo livre.
Porque sei que você volta.
Chega bem cedinho pra me ver.
Mesmo que viajar quilômetros, vai fazer de tudo pra voltar o mais rápido possível pra me ter em seus braços.

E, ao invés de te prender.
Quero ganhar os dias.
Os minutos.
Cada segundo.

Quero ganhar o mundo com você.

Os sonhos são tantos.
Nossos planos.

Pega aqui na minha mão...
Vamos correr?

Obrigada, meu Amor.

Eu Amo Você!


Renata Galbine!

sexta-feira, 13 de abril de 2018

Angustia Latente


São sentimentos que não se descrevem.
São situações que não se explicam.
E quando você, menos percebe, está dentro dela.

Angustia latente!

Aperta o peito.
Feito um nó que não desata.
Sensação que não passa.

Sufoca.
Te cega.
E, às vezes, você nem nota.

Ora, nota.
Ora, não.
Mas mesmo notando, é como se fosse incapaz de controlar o coração.

Você não sabe se deve sair.
Você quer parar de agir assim.
Você quer parar de sentir.

Sentir isso que machuca.
Tortura.
Sufoca.

Enlouquece.
Enfraquece.
Adoece.

Na cama, ao dormir, você vira, se desvira, mas não consegue se desligar.
Cabeça não para de pensar.
Coração não deixa de apertar.

- "Qual a saída?!" - é o que você quer encontrar.
Mas se sente completamente perdida.
Evidentemente com medo de errar.

Sem saber que rumo tomar.
Sem enxergar o caminho a caminhar.

Sem saber lidar com o sentimento.
Sem conseguir medir palavras.
Sem ser capaz de dominar seus pensamentos.

Pensamentos tão obscuros.
Que te levam para um outro mundo.
E você se pergunta:
- "Qual é o mundo real?"

O que é real?
Será que o que estou pensando?
Será que o que estou sentindo?

O que, de fato, estou vivendo?!

A única coisa que sei, é o que estou querendo.

E sinto que, pouco a pouco, estou indo para onde não devo ir.
Mas é como uma correnteza.
Estou sendo levada, sem forças pra conseguir voltar.

Voltar para maré.
Para onde dê pé.
Para onde me sinta segura.
Para onde eu volte a conseguir controlar os meus pensamentos.
E compreender esses tão profundos e intensos sentimentos que tomaram conta de mim!


Renata Galbine!

quarta-feira, 11 de abril de 2018

Ser vivo: Vive. Não Vegeta.


Sem dúvidas, são seres opostos...

É a água e o vinho.
O doce e o salgado.

Ou melhor:
O doce e o amargo.

Não há semelhanças.
Talvez, nenhuma compatibilidade.

De um lado um ser vivo.

Vivo em todas as letras e sentidos.

Intenso.
Ativo.
Alegre.
Persuasivo.

Que fala.
Que dança.
Que vibra.

Que canta, mesmo sem saber.
Que encanta, mesmo sem querer.

Se joga.
Se entrega.
Dá a cara a bater.

Tem opinião própria.
E faz questão de não esconder.

Expressa.
Verbaliza.
Sinaliza por todos os lados o medo de perder.

Insegurança que bate por um único motivo.
No qual ninguém precisa saber.

Ser vivo.

Que cuida.
Enaltece.
Enobrece.
Se preocupa.

Tá presente.
E, apesar dos pesares, não se culpa.

Topa qualquer parada.
Seja de noite, de dia.
Ou até mesmo de madrugada.

Dança como se o mundo a sua volta não existisse.
Come, como se nunca tivesse comido na vida.

Conversa sobre tudo.
Sem amarras e sem pudor.

Qual é o problema se for para falar de Política, Religião, Trabalho, Sexo ou Amor?
Seja o que for.
Fala sobre o que vier.
O que quiser.

Às vezes, é meio estressada.
Às vezes, ri das próprias palhaçadas.

E o que quer é isso:
Viver!

Não levar a vida na brincadeira.
Mas sabe brincar com as rasteiras.
E superá-las.

Quer dançar.
Cantar.
Viver.
Amar.

Simplesmente, poder se entregar.

Por completo.
Sem mentir.
Omitir.
Sem precisar disfarçar ou esconder.

Porque, se não for pra ser.
Não tem como ser pela metade.
Seria como se não tivesse vivendo de verdade.

Um ser vivo que vive.
Transborda sentimentos com quem convive.

Do outro lado um ser vegetativo.

Vida robótica.
Dependendo da ótica, diria até caótica.

Hora certa pra levantar.
Hora certa para o café tomar.
Hora certa para sair para trabalhar.
Hora certa para voltar.

E fim.

- "Já estou em casa."
E nada muito além se fala.

Está sempre cansada.
E assim a vida passa.

Vida resumida num resumo deprimente.
Nada envolvente.

Vida sem cor.
Sem graça.
Sem amor.

- "Socorro!!! Longe disso pra mim!"

É possível existir amor ali dentro?

Não há!
Não é possível que exista.

Amor é vida.
Amor pulsa.

Quem ama, expressa.
Verbaliza.

Quem ama, sinaliza.
Cuida.
Toma conta.
Se entrega.

Uma vida mecânica.
De puro comodismo.

Pra que?!
Difícil entender o por que manter.

Cada um com os seus motivos e por quês.

Porém...
Um ser que vive.
De forma intensa, verdadeira, plena e entregue.
Se esforça, mas não consegue.
Não consegue compreender o motivo de ter um ser vegetativo pra viver.

Ser vivo, nem se quiser, consegue vegetar.
Logo...
Um ser vivo não consegue, nem de longe, conviver com alguém que a única coisa que é capaz de fazer, é respirar o mesmo ar que você.

O fato é:
O terreno que se tem um vegetal, uma planta bem no meio, nada pode ser construído se aquilo não for reposicionado ou removido!


Renata Galbine!

segunda-feira, 9 de abril de 2018

Crescer é...


Crescer é tomar decisões.
Crescer é decidir fazer algo que mesmo que alguém da família reprove, chore, implore, é você ter o direito de fazer, caso conclua ser o melhor pra você.

E então você faz.
Certo.
Convicto.
Seguro.

Pensa.
Repensa.
Analisa.
E vai.

E quando você chega.
Confiando ser o que precisa ter.
Acreditando ser o melhor pra você.
Se depara com o oposto.

E grita dentro de você:
- "Socorro!!!!"

Se pergunta se dá pra voltar.
Mas não.
Não dá.
O que te resta, é encarar.

Aquelas paredes frias.
Quarto pequeno.
Sem geladeira.
Pessoas esquisitas.
Humanos mais parecidos com robôs.
Olhares fundos e mórbidos.
Respostas secas e breves.

- "Será que corre sangue ali?" - refletia.

Lugar obscuro.
Parecia estar do lado de um outro mundo.

Noite escura.
Longa.
Angustiante.
Torturante.

E o sino da igreja tocava a cada hora marcada.
O coração disparava.
A boca secava.
E você se perguntava:
- "E agora?"

A vontade era uma só:
Sumir dali.

Aí você apaga.
Acorda.
Tudo parecia perdido.
O dia amanheceu e o que você mais queria é que não tivesse ido.

- "Onde está minha mãe?" - se perguntava.
- "Eu só quero olhar o olhar sereno do meu pai." - você pensava.
- "Alguém tira a minha irmã daqui e me deixa encarar isso sozinha?" - você se culpava.

Como em um filme, aquilo parecia ser uma emboscada na qual não fosse mais conseguir sair de lá.

E aquele dia parecia que não ia acabar.
Domingo de Páscoa que eu nem lembrava ser.
Não havia magia.
Alegria.
Não havia cor.

- "O que preciso aprender com tudo isso?!"

Reaprender.
Renascer.
Reviver.

As perguntas eram frequentes.
A angustia se fazia latente.

Nessas horas a gente se esquece de coisas que aprende.
De coisas que lê.
E escuta.

Esquece de que nunca está só.
Por mais que esteja se sentindo.

A gente se esquece de tanta coisa.

O desespero toma conta e te cega.

Parece que não vai existir saída e solução.
Mas sempre existe um novo dia.
E, com ele:

Novas pessoas.
Uma nova energia.
Novas oportunidades.
Novas conquistas.
E novas conclusões.

Quando uma nova semana começou, tudo aquilo se modificou.
Aqueles rostos passaram a ter vidas.
Elas estavam até dando "Bom Dia".
As respostas eram mais compridas.
Aquele quarto já não parecia tão pequeno.
Aquelas paredes não soavam tão frias.

E aquele Sino...

Que tocava.
Assombrava.
E arrepiava.

Era de uma bela e grande Igreja.

Nossa Senhora.

Era Fátima!
A mesma do pingente da pulseira que veio de Portugal.

Dizendo.
Gritando.
Mostrando:

- "Eu estou aqui.
Como já estive.
Como estou.
Como sempre vou estar.
E jamais irei desamparar.
Estou nesse pingente.
Guiando toda essa gente.
E antes do seu caminhar.
Estou a sua frente."

Não foi um pesadelo.
Foi uma realidade.
Mas, acima disso:

De uma grande aprendizagem!


Renata Galbine!

sexta-feira, 6 de abril de 2018

Eu Te Amo. É fato!


Ah, esse amor que me transborda.

Transborda nos olhos.
Em lágrimas de alegria.

Transborda no peito.
A cada batida, de noite ou de dia.

Transborda no meu sorriso.
Que ele, bobo, quando me vê sorrir, sempre se apaixona por uma tal covinha.

Transborda na minha áurea.
Que brilha e transcende por onde eu passar.

Transmiti pelo meu falar.
Que já não faço mais questão de disfarçar.

Ah, esse amor...

Ninguém tem ideia da dimensão.
Da proporção.

Do quanto esse ser, cativou e cativa diariamente.
E incansavelmente.
Cada milímetro desse sentimento tão sublime e ímpar.

É a cada gesto.
É a cada atitude.
É a cada conversa.
É a cada risada.
É a cada brincadeira.

Ele não cansa dos pequenos detalhes.
Esses pequeninos detalhes que tem tornado esse amor um rochedo.

É claro que já enfrentamos alguns tropeços.
O que nos fez muito mais firmes e melhor direcionados.

Foi difícil.
Foi pesado.
Mas, talvez, uma necessidade para esse começo.

Afinal, não estou falando de Contos de Fadas.
Estou falando da realidade.
Uma linda realidade.

Nós enxergamos o quanto somos raros.
Nós sabemos o quanto tudo se fez puro.
E temos consciência da história única e incomparável que estamos vivendo, construindo e escrevendo.

Não tem como explicar.
Descrever.
Tentar fazer alguém entender.

Sério.
Não tem.

São tantas semelhanças que chega a assustar.
Mas, ao final, nos resta rir.
São afirmações feitas, de histórias vividas.
Opções feitas.
Situações passadas.
Gostos, crenças, que parecem que foram combinados, copiados.

Eu dele.
E ele de mim.

"Mas por que demorou tantos anos assim?"

E eu te disse.
E eu te digo.
E sempre vou te dizer:

Porque tinha que ser.
Porque você não estava pronto pra mim.
Nem mesmo eu para você.

E que bom que foi.
Ou melhor...
Que está sendo agora.
E continue em passos de plenitude.

Que nós bem sabemos o cuidado que tomamos a cada passo dado.
A cada palavra dita.
A cada história para que não seja mal compreendida.

E, com isso, esse amor cresce, sim.
Amadurece.
Se engrandece pela verdade.
Se enobrece pelas compreensões.
Se enriquece de valores e emoções.

E te amar se torna fácil.
Estar do seu lado é leve.
Te ter ao meu lado é lindo.

Eu te amo.
É fato!


Renata Galbine!