segunda-feira, 9 de abril de 2018
Crescer é...
Crescer é tomar decisões.
Crescer é decidir fazer algo que mesmo que alguém da família reprove, chore, implore, é você ter o direito de fazer, caso conclua ser o melhor pra você.
E então você faz.
Certo.
Convicto.
Seguro.
Pensa.
Repensa.
Analisa.
E vai.
E quando você chega.
Confiando ser o que precisa ter.
Acreditando ser o melhor pra você.
Se depara com o oposto.
E grita dentro de você:
- "Socorro!!!!"
Se pergunta se dá pra voltar.
Mas não.
Não dá.
O que te resta, é encarar.
Aquelas paredes frias.
Quarto pequeno.
Sem geladeira.
Pessoas esquisitas.
Humanos mais parecidos com robôs.
Olhares fundos e mórbidos.
Respostas secas e breves.
- "Será que corre sangue ali?" - refletia.
Lugar obscuro.
Parecia estar do lado de um outro mundo.
Noite escura.
Longa.
Angustiante.
Torturante.
E o sino da igreja tocava a cada hora marcada.
O coração disparava.
A boca secava.
E você se perguntava:
- "E agora?"
A vontade era uma só:
Sumir dali.
Aí você apaga.
Acorda.
Tudo parecia perdido.
O dia amanheceu e o que você mais queria é que não tivesse ido.
- "Onde está minha mãe?" - se perguntava.
- "Eu só quero olhar o olhar sereno do meu pai." - você pensava.
- "Alguém tira a minha irmã daqui e me deixa encarar isso sozinha?" - você se culpava.
Como em um filme, aquilo parecia ser uma emboscada na qual não fosse mais conseguir sair de lá.
E aquele dia parecia que não ia acabar.
Domingo de Páscoa que eu nem lembrava ser.
Não havia magia.
Alegria.
Não havia cor.
- "O que preciso aprender com tudo isso?!"
Reaprender.
Renascer.
Reviver.
As perguntas eram frequentes.
A angustia se fazia latente.
Nessas horas a gente se esquece de coisas que aprende.
De coisas que lê.
E escuta.
Esquece de que nunca está só.
Por mais que esteja se sentindo.
A gente se esquece de tanta coisa.
O desespero toma conta e te cega.
Parece que não vai existir saída e solução.
Mas sempre existe um novo dia.
E, com ele:
Novas pessoas.
Uma nova energia.
Novas oportunidades.
Novas conquistas.
E novas conclusões.
Quando uma nova semana começou, tudo aquilo se modificou.
Aqueles rostos passaram a ter vidas.
Elas estavam até dando "Bom Dia".
As respostas eram mais compridas.
Aquele quarto já não parecia tão pequeno.
Aquelas paredes não soavam tão frias.
E aquele Sino...
Que tocava.
Assombrava.
E arrepiava.
Era de uma bela e grande Igreja.
Nossa Senhora.
Era Fátima!
A mesma do pingente da pulseira que veio de Portugal.
Dizendo.
Gritando.
Mostrando:
- "Eu estou aqui.
Como já estive.
Como estou.
Como sempre vou estar.
E jamais irei desamparar.
Estou nesse pingente.
Guiando toda essa gente.
E antes do seu caminhar.
Estou a sua frente."
Não foi um pesadelo.
Foi uma realidade.
Mas, acima disso:
De uma grande aprendizagem!
Renata Galbine!
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