quarta-feira, 11 de abril de 2018

Ser vivo: Vive. Não Vegeta.


Sem dúvidas, são seres opostos...

É a água e o vinho.
O doce e o salgado.

Ou melhor:
O doce e o amargo.

Não há semelhanças.
Talvez, nenhuma compatibilidade.

De um lado um ser vivo.

Vivo em todas as letras e sentidos.

Intenso.
Ativo.
Alegre.
Persuasivo.

Que fala.
Que dança.
Que vibra.

Que canta, mesmo sem saber.
Que encanta, mesmo sem querer.

Se joga.
Se entrega.
Dá a cara a bater.

Tem opinião própria.
E faz questão de não esconder.

Expressa.
Verbaliza.
Sinaliza por todos os lados o medo de perder.

Insegurança que bate por um único motivo.
No qual ninguém precisa saber.

Ser vivo.

Que cuida.
Enaltece.
Enobrece.
Se preocupa.

Tá presente.
E, apesar dos pesares, não se culpa.

Topa qualquer parada.
Seja de noite, de dia.
Ou até mesmo de madrugada.

Dança como se o mundo a sua volta não existisse.
Come, como se nunca tivesse comido na vida.

Conversa sobre tudo.
Sem amarras e sem pudor.

Qual é o problema se for para falar de Política, Religião, Trabalho, Sexo ou Amor?
Seja o que for.
Fala sobre o que vier.
O que quiser.

Às vezes, é meio estressada.
Às vezes, ri das próprias palhaçadas.

E o que quer é isso:
Viver!

Não levar a vida na brincadeira.
Mas sabe brincar com as rasteiras.
E superá-las.

Quer dançar.
Cantar.
Viver.
Amar.

Simplesmente, poder se entregar.

Por completo.
Sem mentir.
Omitir.
Sem precisar disfarçar ou esconder.

Porque, se não for pra ser.
Não tem como ser pela metade.
Seria como se não tivesse vivendo de verdade.

Um ser vivo que vive.
Transborda sentimentos com quem convive.

Do outro lado um ser vegetativo.

Vida robótica.
Dependendo da ótica, diria até caótica.

Hora certa pra levantar.
Hora certa para o café tomar.
Hora certa para sair para trabalhar.
Hora certa para voltar.

E fim.

- "Já estou em casa."
E nada muito além se fala.

Está sempre cansada.
E assim a vida passa.

Vida resumida num resumo deprimente.
Nada envolvente.

Vida sem cor.
Sem graça.
Sem amor.

- "Socorro!!! Longe disso pra mim!"

É possível existir amor ali dentro?

Não há!
Não é possível que exista.

Amor é vida.
Amor pulsa.

Quem ama, expressa.
Verbaliza.

Quem ama, sinaliza.
Cuida.
Toma conta.
Se entrega.

Uma vida mecânica.
De puro comodismo.

Pra que?!
Difícil entender o por que manter.

Cada um com os seus motivos e por quês.

Porém...
Um ser que vive.
De forma intensa, verdadeira, plena e entregue.
Se esforça, mas não consegue.
Não consegue compreender o motivo de ter um ser vegetativo pra viver.

Ser vivo, nem se quiser, consegue vegetar.
Logo...
Um ser vivo não consegue, nem de longe, conviver com alguém que a única coisa que é capaz de fazer, é respirar o mesmo ar que você.

O fato é:
O terreno que se tem um vegetal, uma planta bem no meio, nada pode ser construído se aquilo não for reposicionado ou removido!


Renata Galbine!

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